Juiz autoriza transferência, e Jobson deve ir para presídio de Marabá até segunda-feira

Momento em que Jobson era preso, em sua chácara
Momento em que Jobson era preso, em sua chácara Foto: Reprodução Instagram
Marjoriê Cristine

Preso na quinta-feira, acusado de estuprar quatro adolescentes de Conceição do Araguaia (PA), o atacante Jobson, ex-Botafogo, será transferido para o presídio de Marabá. O juiz Marcos Paulo Sousa Campelo, da comarca de Conceição do Araguaia, autorizou, na manhã desta sexta-feira, que o jogador seja levado ao presídio do estado. Conforme a assessoria de imprensa da Polícia Civil do Pará, o atleta deve ser transferido ainda nesta sexta-feira ou, no máximo, até a próxima segunda-feira.

Tudo vai depender do reforço policial pedido pelo delegado Rodrigo da Motta, responsável pela investigação e o andamento do caso. Ele requisitou um número maior de agentes para apoiar na transferência de Jobson, por questão de segurança. Com essa questão resolvida, o jogador já será encaminhado à carceragem, que fica a cerca de 400 km de distância de Conceição do Araguaia.

Ainda segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, os advogados do atleta não conseguiram ainda um habeas corpus para liberá-lo – nenhum documento foi entregue na delegacia onde Jobson está detido desde a manhã de quinta-feira. Porém, a diretoria de administração penitenciária da Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe) ainda não recebeu o pedido oficialmente.

“Quando a Susipe receber o pedido oficial será definida pela Diretoria de Administração Penitenciária da Susipe, a unidade prisional para a qual o detento será encaminhado”, afirmou a assessoria da Susipe.

Jobson está numa cela com outros 16 presos e, segundo Rodrigo da Motta, não teve problema de relacionamentos.

– Ninguém colocou a mão nele. Está sendo respeitado. Aqui a gente tem ordem. Os presos sabem que, se fugirem da disciplina, podem ser transferidos para um presídio e isso eles não querem – disse Rodrigo.

Durante o interrogatório da Polícia Civil do Pará, Jobson preferiu não se pronunciar sobre o caso. Ele só falará na presença dos advogados.

Entenda o caso

Jobson foi preso na manhã desta quinta-feira e não ofereceu resistência, conforme o comunicado da Polícia Civil do Pará. O inquérito policial foi instaurado há uma semana, na delegacia de Conceição do Araguaia, após uma das vítimas, uma garota de 13 anos, denunciar que fotos suas em situações pornográficas estavam circulando em grupos de rede social, por meio do WhatsApp.

Segundo relatou a vítima ao delegado Rodrigo da Motta, que investiga o caso, o jogador teria aliciado a jovem para levá-la até sua chácara, em Tocantins, junto com outras três adolescentes. Ali as vítimas teriam sido embriagadas e entorpecidas possivelmente com “roupinol”, para então serem abusadas sexualmente.

– Ele aliciava as garotas para fazer festas com bebidas e drogas e as levava para sua chácara ou para outros lugares. São quatro adolescentes, uma vai completar 13 anos, a outra já tem 13 anos completos e as outras duas têm 14 anos completos – informou o delegado.

Após o depoimento da adolescente, a Polícia Civil localizou as outras vítimas, que foram ouvidas e confirmaram o ocorrido. Todas passaram por exames periciais e atendimentos médicos. Os exames comprovaram que nas duas menores de 12 e 13 anos houve conjunção carnal (penetração). As outras duas adolescentes alegaram, em depoimento, que consentiram as relações sexuais, no entanto, afirmaram estavam sob efeito de bebidas alcoólicas e substâncias entorpecentes colocadas na bebida.

Conforme o delegado, existe uma quinta adolescente que também acusa o jogador, porém o caso ainda está sob apuração e ainda não foi comprovado.

 

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