Justiça determina prisão preventiva de Sargento que ejaculou no braço de mulher em ônibus

Agressor foi preso em flagrante e encaminhado para a Delegacia de Atendimento à Mulher em São Gonçalo
Agressor foi preso em flagrante e encaminhado para a Delegacia de Atendimento à Mulher em São Gonçalo Foto: Arquivo Pessoal / Priscila Trindade
Gisele Barros

A Justiça do Rio de Janeiro determinou a prisão preventiva do Terceiro Sargento da Marinha, José Carlos Vidal Ferreira, de 34 anos, preso nesta quarta-feira após ejacular no braço de uma mulher dentro de ônibus em São Gonçalo, na Região Metropolitana.

Na decisão, o juiz Rafael Cavalcanti Cruz ressaltou que o militar “teria esfregado intencionalmente seu quadril no ombro da vítima, encostando e esfregando seu pênis ereto no ombro dela, e teria ejaculado dentro da sua calça”, e apontou que o indiciado teria “incapacidade de reger-se de acordo com as regras de civilidade e sociabilidade”. Para o juiz, a liberdade dele seria “uma ofensa à ordem pública, assim considerado o sentimento de segurança, prometido constitucionalmente, como garantia dos demais direitos dos cidadãos”.

José Carlos foi preso em flagrante por por policiais Militares e encaminhado para a Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) de São Gonçalo, onde o caso foi registrado. Ele ficou em silêncio durante o depoimento. Ele foi encaminhado para o Presídio da Marinha, onde aguardava pela audiência de custódia que foi realizada nesta tarde.

vítima, Priscila Trindade Rodrigues, de 32 anos, embarcou no coletivo no bairro Itaúna. Segundo ela, todos os assentos estavam ocupados. O homem, porém, ofereceu o lugar onde estava. A partir daí, a violência começou.

— Assim que eu sentei, eu senti que ele havia encostado as partes íntimas no meu braço. No primeiro momento, cheguei até a pensar que poderia ter sido sem querer, por causa do balanço do ônibus. Eu decidi então me afastar e logo depois ele veio ainda mais pra cima de mim e eu senti no meu braço o órgão dele ereto. Foi aí que eu comecei a gritar. Peguei o meu celular para gravar, para ter uma prova, e quando ele se afastou eu vi que a calça estava molhada, ele tinha ejaculado — conta a servidora pública.

Segundo a titular da DEAM de São Gonçalo, a delegada Débora Ferreira Rodrigues, o militar vai responder pelo crime de importunação sexual, que tem pena de um a cinco anos de prisão.

— A fiança só poderia ser aplicada caso a pena fosse de até quatro anos. Por ser militar, ele foi encaminhado para o Presídio da Marinha. Ele decidiu se manifestar apenas em juízo, mas comentou antes do depoimento que foi a primeira vez que fez isso, e descreveu o que aconteceu como um “vacilo” — disse a delegada.

Em nota, a Marinha informou que “está instaurando um processo administrativo para apurar os fatos relacionados a acusação de crime por assédio sexual cometido por militar da Força” e reiterou “firme posicionamento contra condutas que afetam a honra e o pudor militar”.

Fonte:Extra

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