O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) proibiu a realização de uma reunião entre alunos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) para discutir a violência nas eleições.
A reunião estava sendo organizada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) e abordaria, também, a agressão sofrida por um jovem, na semana passada, na Reitoria da universidade. O rapaz teria sido agredido por apoiadores do candidato Jair Bolsonaro (PSL) porque usava um boné do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
A reunião aconteceria na quarta-feira (11), com o nome Reunião Aberta: #EleNão. Mais de 200 pessoas haviam confirmado presença.
Na decisão, o juiz Douglas Marcel Peres classifica o ato como “suposta irregularidade de propaganda a ser veiculada em imóvel pertencente à administração pública indireta da União”. Ele cita o artigo 73 da Lei 9.504/2017, que proíbe o uso de imóveis públicos em benefício de candidatos.
O DCE, após a decisão, fez uma publicação, em protesto, que trazia uma receita de bolo. As receitas foram usadas, durante a Ditadura Militar no Brasil, para ocupar o lugar de textos e matérias censuradas nos jornais.