Justiça manda apreender carro que deputado não teria pago, mas ele denuncia extorsão

Deputado Luís Miranda (DEM-DF) alega que está sendo vítima de uma tentativa de golpe

A Justiça do Distrito Federal mandou apreender um Porsche Cayenne, modelo 2011, do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF). O juiz titular da 25a Vara Cível de Brasília, deferiu o pedido liminar da credora e determinou a restrição de venda e circulação, bem como busca e apreensão do veículo de luxo,

Acusação é de que Miranda não pagou a quantia de R$ 130 mil pelo carro. De acordo com ação ajuizada por uma moradora de Brasília que vendeu o veículo ao parlamentar, a compra ocorreu por meio de procuração pública em nome do Miranda, que teria se comprometido a pagar o preço combinado pelo bem, no prazo de três dias. 

A mulher alega que confiou na reputação de figura pública, para aperfeiçoar a transação e outorgou ao deputado uma procuração com poderes para que pudesse atuar em causa própria. Todavia, ele  teria deixado de honrar o compromisso firmado e não teria efetuado o pagamento de nenhuma quantia pela compra do carro.

A autora alega que tentou, por diversas vezes, resolver a situação com o requerido, mas não obteve sucesso. Assim, ajuizou demanda judicial, com pedido de urgência para bloqueio e busca apreensão do veículo.

No entendimento do juiz Júlio Roberto dos Reis constam nos autos indícios do inadimplemento ”Há indícios de que a autora fora vítima de inadimplemento ou mesmo fraude na aquisição de veículo usado, consoante documentos anexados e procuração em causa própria que evidencia a negociação”.

Tentativa de extorsão

Miranda nega a dívida e afirma que pagou sim pelo carro de luxo. Por meio de nota, o deputado se defende e afirma que está sendo vítima de uma extorsão.“Ela mentiu e isso já está comprovado com toda a documentação que apresentei. Continuo fazendo o que me propus, a trabalhar pelo bem da população. Não vou recuar um centímetro sequer”.

O deputado afirma que registrou um boletim de ocorrência contra a mulher que tentou aplicar um golpe no parlamentar. De acordo com a assessoria do deputado, todo o trâmite para a compra foi feito, o pagamento realizado e registrado em cartório, conforme documentos abaixo.

Depois de efetivada a compra, uma antiga dona do veículo registrou uma ação contra Miranda, alegando que ele não teria pago pelo carro. A denunciante informava que o veículo havia sido vendido em março, quando, na verdade, a negociação ocorreu em abril.

De acordo com o delegado Rodrigo Ribeiro, da 10° Delegacia de Polícia, o deputado foi ouvido na condição de vítima. Já a mulher ficou em silêncio quando foi intimada a prestar depoimento. “A postura dela na delegacia já diz tudo. É uma estelionatária. Ludibriou a justiça e agora vai enfrentar a lei”, garante o parlamentar.

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