Marcelo Nilo instala comissão para apurar desvios e deixa Tadeu de fora

Lilian Machado

 

Quase dois meses após as denúncias de desvios de funções de policiais militares na Assembleia Legislativa da Bahia, o presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo (PDT), instalou ontem uma comissão, formada pelos deputados Yulo Oiticica (PT), como presidente, Sandro Régis (DEM) e Fabrício Falcão (PCdoB) para investigar a situação, levada a público pela Ong Cidadania, ligada a PMs e com o aval do deputado Capitão Tadeu (PSB), que ficou de fora do colegiado.

O fato gerou a reação do socialista que chamou o dirigente do Legislativo de “Malvadeza Nilo”, acirrando o clima de atritos entre os dois pares. No parlamento, o líder da bancada petista, Rosemberg Pinto, propôs um projeto de criação da Polícia Legislativa, como forma de afastar as supostas irregularidades. Nos bastidores, seguranças que trabalham na Casa reforçam a necessidade da Casa dispor em seu regimento interno uma polícia própria.

O presidente seguiu o critério proporcional, colocando dois governistas e um oposicionista na Comissão que terá 30 dias para apresentar um relatório sobre o caso. Tadeu esbravejou contra a decisão de deixá-lo distante das investigações. Em conversa com aTribuna, Tadeu acusou Nilo de tentar atrapalhar seus trabalhos na Casa. “Trava todos os documentos, demitiu pessoas ligadas a mim, que não estão recebendo indenização, por isso que o chamei “Malvadeza Nilo”.

Tadeu fez referência às denúncias de desvios. “A carapuça serviu para Marcelo Nilo, que desde então passou a me perseguir e ameaçar”, acrescentou. O presidente disse que não iria tecer comentários, nem rebatê-lo, porém frisou que o colega estaria “a fim de aparecer na mídia às minhas custas”.

Fonte: Tribuna

 

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