Matadouro de Juazeiro pode ser interditado

Ação Popular

O vereador Ronaldo Souza (PTB) mencionou durante sessão ordinária realizada na Câmara de Vereadores de Petrolina, que o Matadouro Público de Juazeiro não tem autorização para comercialização interestadual  de produtos de origem animal. Ele disse que a empresa GMJ Distribuidora de Carnes EIRELI-ME (Matadouro de Juazeiro), além de não fazer parte da relação do Cadastro de Inspeção Federal – SIF, nem do SISBI- Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal, conforme comprovação de despacho do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, através do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal- DIPOA-SDA, também não está registrada no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica com atividade de abate.

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“Para o comércio interestadual, o local não é apropriado, pois não possui inspeção de origem animal para garantir uma boa alimentação. Ao realizar consulta de razão social e CNPJ não foi registrado o estabelecimento na ADAB e dessa forma, o abate não é autorizado. Quero uma punição rápida e baseado em que fecharam o matadouro? A resposta chegou. Fizeram tanto alarde, enganaram a sociedade e nem um selo de comercialização de carne Juazeiro tem e as pessoas comendo carne clandestina. Colocaram em Juazeiro dizendo que lá tinha selo federal. A comercialização da carne de Petrolina em Juazeiro está comprometida, espero que a justiça seja feita e que o prefeito Julio Lossio tome as devidas providências”, disse o vereador.

Enquanto isso, os marchantes de Petrolina estão com suas atividades paradas, sem aferir nenhuma renda de modo que o prejuízo aos que foram submetidos só tem aumentado, por conta da insensibilidade dos responsáveis pelo fechamento do matadouro municipal. “Nossa vida tem sido de muita luta, porque tínhamos um trabalho, agora estamos todos quebrados devendo a fornecedores, parados e sem rumo. Esperamos que depois de tudo isso o Ministério Público e a prefeitura de Petrolina, se conscientizem de que a melhor saída é a reabertura urgente do nosso matadouro. Lá em Juazeiro não tínhamos direito ao couro, eles abatem e ficam com o couro, até as fateiras que vendiam buchos, mocotó, fígado e demais miúdos estão paradas porque o frigorífico fica com tudo”, informou o marchante Dedezinho.

Segundo o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica a empresa GMJ Distribuidora de Carnes IRELI-ME, só tem como atividade principal Comércio Atacadista de Carnes Bovinas e Suínas e secundárias – Comércio varejista de Carnes- Açougues e Preparação de  subprodutos do abate , não constando portanto, o abate de animais como vinha praticando.

A reportagem do AP tentou com a direção do Matadouro e não conseguiu.

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