Conquistar os três pontos contra o Palmeiras, nesta quarta, às 21h45, é difícil para o Fluminense não apenas pelo adversário ser quem menos perde no Brasileiro. Mas porque fazer gols se tornou, para o Tricolor, tarefa tão hercúlea quanto derrotar o líder do campeonato. O setor ofensivo caminha para terminar 2018 com sua pior marca em 28 anos.
Em 60 jogos oficiais, o time das Laranjeiras marcou 73 vezes. A média de 1,21 gol por jogo não é tão baixa desde 1990, quando a equipe encerrou o ano com a marca de 1,16. Nem mesmo em temporadas de rebaixamentos, como 1996, 1997, 1998 e 2013 o desempenho foi tão pífio.
Se mantiver a média atual, o Fluminense chegará ao final do ano com pelo menos 80 gols marcados. Em números absolutos, iguala o desempenho de 2015 como o pior do ataque tricolor desde 1998, quando marcou apenas 45 vezes.
A perda de Pedro é um dos principais fatores que explicam esta queda de rendimento. Até o jogo com o Cruzeiro, em 25 de agosto, quando o camisa 9 rompeu o ligamento do joelho direito, a média no ano era de 1,33 gol por partida. De lá até o empate em 0 a 0 contra o Sport, no último domingo, a marca foi bem diferente: 0,94.
O segundo maior goleador da equipe no ano ainda é Marcos Júnior, que não vive boa fase desde a saída de Abel Braga do comando. Com nove gols, o atacante não marca desde 26 de maio. Atualmente, quem mais tem balançado as redes é Luciano. Mas num ritmo bem abaixo do que o time precisa: cinco gols em 18 partidas.
Pior sequência de 2018
O grito de gol nunca esteve tão entalado na garganta do torcedor quanto neste momento. O Fluminense está há três jogos sem marcar (Vasco, Atlético-PR e Sport). É a maior sequência negativa enfrentada pelos tricolores desde o início do ano.
O drama não para aí. Nos últimos cinco compromissos, o time de Marcelo Oliveira só marcou um gol. Apesar disso, os jogadores tentam não se desesperar.
— A gente fica tranquilo em relação aos gols. Temos uma confiança enorme na parte ofensiva. Isso (má fase do ataque) acontece até com grandes equipes como o Real Madrid. Sabemos que isso vai mudar — comentou o lateral-direito Igor Julião.