O ministro Mendonça Filho (Educação) garantiu nesta terça-feira (24) que não pretende mexer na “política de cotas” que foi instituída no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo ele, não há qualquer intenção de sua pasta neste sentido, “não só em relação às cotas na pós-graduação, mas também às cotas no sentido mais amplo”.
Na véspera do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o então ministro da Educação Aluízio Mercadante, assinou uma portaria determinando que universidades e institutos federais de educação teriam o prazo de 90 dias para apresentar proposta de uma política de inclusão de negros, indígenas e pessoas com deficiência nos programas de pós-graduação.
“Tenho sido vítima e o Ministério também de muitas interpretações equivocadas e maliciosas em relação a temas polêmicos. Mas quero afirmar que a nossa posição é de não alterarmos nenhuma política de cotas”, afirmou o ministro pernambucano.
A portaria se destina a cursos de mestrado, mestrado profissional e doutorado mas não determina prazo que a política de cotas seja posta em prática.
O número de estudantes negros nos cursos de mestrado e doutorado das universidades federais mais que duplicou entre 2001 e 2013, passando de 48,5 mil para 112 mil, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).
Nada obstante, o ministro pretende revisar todos os atos praticados por Mercadante nos últimos dias de governo da presidente Dilma Rousseff.