Menina com doença incurável terá “morte digna” na Espanha

Andrea, de 12 anos, sofre de uma doença neurodegenerativa irreversível e seus pais solicitaram na sexta-feira a um juiz que se pronunciasse sobre seu desejo de colocar fim ao “suporte vital”
Advogado disse que menina terá um final mais fácil do que a vida que tem levado até agora
Advogado disse que menina terá um final mais fácil do que a vida que tem levado até agora

Os pais de uma menina espanhola de 12 anos com uma doença degenerativa incurável, para quem pediam uma “morte digna”, conseguiram que os médicos retirem a alimentação artificial da pequena, que deve morrer nos próximos dias – informou nesta segunda-feira o advogado da família.

“Ela vai receber um sedativo, forte, para que não sinta dor, e a mínima hidratação para que esta sedação surta efeito e a princípio este é o plano terapêutico”, declarou à imprensa o advogado Sergio Campos Nieto.

O representante legal não conseguiu dizer quantos dias levarão até a menina falecer, mas estimou que ela terá “um final suave, um pouco mais fácil do que a vida que tem levado até agora”.

Andrea, de 12 anos, sofre de uma doença neurodegenerativa irreversível e seus pais solicitaram na sexta-feira a um juiz que se pronunciasse sobre seu desejo de colocar fim ao “suporte vital”.

O tribunal “recebeu na manhã de hoje a notificação do hospital comunicando uma nova possibilidade de tratamento paliativo consistente em retirar a alimentação”, informou a justiça em comunicado. O magistrado “fará um acompanhamento do caso pata comprovar o cumprimento do plano acordado”, explicou.

Em meados de setembro, um comitê de ética do Complexo Hospitalar Universitário de Santiago de Compostela, no noroeste da Espanha, recomendou retirar tal alimentação artificial de Andrea e considerar a sedação paliativa.

Mas a equipe de pediatria do hospital negava-se a fazê-lo, quadro que levou os pais da menina à justiça e à imprensa.

“Minha filha está há 12 anos lutando como uma vencedora, cegou ao seu limite e seu corpo já não aguenta mais porque nunca teve uma grande expectativa de vida”, denunciou a mãe, Estela Ordóñez, à emissora de rádio Cadena Ser.

Em fase “terminal”, a doença “não vai diminuindo, de fato nos últimos anos os episódios negativos só aumentaram – até que em setembro de 2014 sua saúde começou a deteriorar”, contou.

“O caso de minha filha não é de eutanásia, o caso dela é que chegou ao final e não a deixam ir”, insistiu a mãe.

Fonte: AFP

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *