Ministério teria sido alvo de espiões de agência canadense

Um novo documento revelado na noite de domingo mostrou que o Ministério de Minas e Energia teria sido alvo de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. Desta vez, a agência americana não estaria sozinha.

De acordo com os dados vazados pelo ex-analista da agência Edward Snowden ao jornalista Glenn Greenwald, do jornal britânico The Guardian, coautor da reportagem de Sônia Bridi para o “Fantástico”, da Rede Globo, a Agência Canadense de Segurança em Comunicação (CSEC, na sigla em inglês) teria coordenado a invasão ao Ministério, que possui um sistema de proteção semelhante ao dos grandes bancos.

Segundo os documentos, a agência canadense teria interesse em descobrir os contatos realizados pelo Ministério comandado por Edison Lobão. A espionagem revelou os números dos telefones, os locais e até marca e modelo dos aparelhos celulares.

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Os canadenses tiveram conhecimento de todos os passos – quem fez, como, onde e quando – realizados dos brasileiros com outros países, como Equador, Peru, países do Oriente Médio e o próprio Canadá. No entanto, embora o nível de detalhe chame a atenção, não está claro se os espiões tiveram conhecimento do conteúdo das conversas.

O único interesse em espionar o Ministério de Minas e Energia é econômico. Pelo Ministério passam informações estratégicas de Petrobras, Eletrobras, Agência Nacional de Petróleo (ANP), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

O Canadá, como o Brasil, é um dos principais fornecedores globais de minério. “Nós estamos diante, evidentemente, de um sistema de espionagem internacional”, disse Lobão ao ‘Fantástico’. “Há muitas empresas canadenses que manifestam interesse no país. Se daí vai o interesse em espionagem para servir empresarialmente a determinados grupos, eu não posso dizer.” (Veja)

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