Considerada a maior tenista brasileira da história, Maria Esther Bueno morreu nesta sexta-feira (8), aos 78 anos, vítima de câncer. Número 1 do mundo nas décadas de 50 e 60, a “Bailarina do Tênis”- como era conhecida – estava internada em São Paulo desde o início da semana e seu estado já era grave. O velório acontece neste sábado, das 8h às 15h, no palácio do Governo de São Paulo.

Durante sua carreira vitoriosa, Maria Esther conquistou nada menos que 589 títulos, que lhe alçaram ao Hall da fama do tênis em 1978. Ganhou três vezes Wimbledon (1959, 1960 e 1964) e quatro vezes o US Open (1959, 1963, 1964 e 1966) em torneios simples, além do Aberto do Austrália (1960), Roland Garros (1960), cinco vezes Wimbledon (1958, 1960, 1963, 1965 e 1966) e quatro vezes o US Open (1960, 1962, 1966 e 1968) jogando em duplas. Foi, também, medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de São Paulo, em 1963. 

Apelidada de bailarina pelo jogo plástico e preciso, Esther achava Wimbledon o mais emblemático dos campeonatos:

Fui recebida pelo papa, conheci a princesa Diana, os dois príncipes… A gente jogava realmente pela honra, pela vontade de ser o melhor, ser reconhecido. Sou citada em todos os livros de tênis como uma das melhores da história. Para mim, é uma vitória pessoal muito grande, ainda mais por ser mulher, porque é mais difícil, e por ser brasileira”, contou em 2015 em entrevista ao canal do YouTube Esporte Ponto Final. 

Maria Esther Bueno não tinha filhos. Ela comentava partidas de tênis desde 2006, no canal fechado SporTV.