Morte misteriosa de menor na FUNASE Petrolina

Da Redação

Dona Maria Solange da Silva Novaes recebeu a notícia da morte do seu filho menor J.B.S, interno na Fundação de Atendimento Socioeducativo – FUNASE de Petrolina – PE, em casa. Logo após a notícia da morte de seu filho caçula, que teria acontecido por causas naturais, ela recebeu uma cesta básica da instituição.

Mas, D. Solange quer mais. Ela quer esclarecimentos sobre a morte do filho que entrara a pouco tempo na instituição. “Não pude ver meu filho no IML, quando recebi o corpo dele no caixão tirei a roupa e vi que estava cheio de hematomas e uma lesão no pescoço. Não acredito em morte natural”, conta a mãe.

A deputada estadual Izabel Cristina integrante da Comissão de Direitos Humanos disse que irá levar o caso ao conhecimento do Governador Eduardo Campos e ao Secretário de Direitos Humanos Paulo Moraes. “É inadmissível isso acontecer e a cidade se omitir. Uma coisa é certa, esse caso está estranho e deve ser averiguado”, alertou.

Foi a diretora da FUNASE em Petrolina, Nídia Alencar, quem deu maiores detalhes sobre a morte misteriosa. Segundo ela no dia 20/06 o menor foi levado para atendimento médico porque disse estar com dor na garganta, no dia seguinte não saiu do seu alojamento para as aulas alegando mal estar, minutos depois a diretora foi chamada por um funcionário que disse que o menor havia desmaiado. “Nem esperei atendimento do SAMU, levei-o ao Hospital e lá eles constataram oóbito”, relatou.

A primeira providência tomada pela diretora foi encaminhar alguns menores para delegacia do bairro Ouro Preto, com intuito de esclarecer a morte do menino. Os internos da FUNASE contaram na delegacia, que dentro da instituição, outros menores fazem testes de resistência com os novatos influenciados por técnicas de tortura do filme ‘Tropa de Elite’, uma espécie de entrada para o banditismo.

“Toda a unidade está em choque com isso, toda a equipe. O que queremosé a elucidação desse caso e estou tomando todas as providências para isso. Enviei ofício para Unidade Estadual da FUNASE pedindo sindicância”, explica Nídia Alencar.

Com informações Neya Gonçalves, Radio Grande Rio FM.

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