MPF investiga Edir Macedo por declaração sobre coronavírus

Da redação

O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo está investigando o bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus por suspeita de infringir medida sanitária preventiva. Em 15 de março, o religioso publicou um vídeo nas redes sociais em que minimizava a pandemia do novo coronavírus.

“Meu amigo e minha amiga, não se preocupe com o coronavírus. Porque essa é a tática, ou mais uma tática, de Satanás. Satanás trabalha com o medo, o pavor. E quando as pessoas ficam apavoradas, com medo, em dúvida, as pessoas ficam fracas, débeis e suscetíveis”, diz ele, no vídeo.

O bispo também exibe o depoimento de um médico afirmando que o vírus não faz mal a ninguém. No sábado, 8, no entanto, o Brasil superou a marca das 100 mil mortes provocadas pela Covid.

O próprio Edir Macedo de 75 anos de idade, que deletou o vídeo após ser criticado, foi infectado pela doença e chegou a ser internado em São Paulo.

Para apurar se houve crime nas declarações de Edir Macedo, o MPF de São Paulo pediu a quebra de sigilo do perfil do bispo no Facebook e do seu canal no Youtube. O objetivo dessa medida é identificar as circunstâncias em que o vídeo foi publicado.

O crime de infração de medida sanitária preventiva pode resultar em detenção de um mês a um ano mais multa. A assessoria da Igreja Universal do Reino de Deus disse que Macedo não tem conhecimento da investigação e que não houve crime em sua fala. Segundo a assessoria, a declaração foi tirada do contexto e deturpada pela imprensa.

“A Universal reafirma que tem respeitado, com rigor, todas as determinações do Ministério da Saúde e das autoridades locais, no combate à propagação da Covid-19. Todos os esclarecimentos serão prestados à Justiça”, conclui a nota da assessoria.

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