Mulher morta em ponto de ônibus era esposa de ex-PM executado no ano passado

Ex-policial foi afastado da corporação por envolvimento com o tráfico de drogas; mulher ia para o carnaval com a família quando foi morta

Crime aconteceu em Brotas na tarde de terça-feira (9)
(Foto: Bruno Wendel/CORREIO)

Roselene Carvalhal Santana, 39 anos, morta na tarde de terça-feira (9) a caminho do Carnaval, foi casada com o ex-policial militar Valmiro Silva Santana, executado no ano passado. Valmiro foi morto a tiros no bairro da Cidade Nova, após ser reconhecido por criminosos.

Segundo familiares, Valmiro foi até a Cidade Nova após receber uma ligação informando que a moto roubada do filho teria sido vista no bairro. Ao chegar no local onde o veículo estaria, o ex-PM foi morto a tiros por criminosos da região.

Na ocasião, a Polícia Militar informou que Valmiro havia sido expulso da corporação no dia 13 de setembro de 2012, por envolvimento com o tráfico de drogas. A família acredita que a atuação do policial tenha sido a motivação do crime. “Era um policial combatente”, declarou um dos familiares.

Já Roselene aguardava em um ponto de ônibus, quando foi assassinada por dois homens em uma motocicleta. Segundo parentes da mulher, que não quiseram se identificar, a dupla mandou todos saírem do ponto de ônibus, antes de atirar contra Roselene.

O crime aconteceu por volta das 16h, quando Roselene ia para o Campo Grande, onde pretendia curtir o Carnaval na companhia das sobrinhas e da irmã que a aguardavam. De acordo com parentes, o celular dela não estava entre os pertences pessoais que foram entregues à família após a perícia.

“Nós não sabemos a procedência do que aconteceu. Não desconfiamos de nada, não temos nenhum suspeito”, afirmou um dos parentes da vítima. A família também não sabe se Roselene chegou a ser ameaçada de morte. “Se isso aconteceu ela não comentava com a gente”.

Roselene era comerciante e tinha uma loja de confecções no bairro de São Tomé de Paripe, no subúrbio ferroviário. Ela deixa uma filha de 23 anos. “Foi uma mulher muito trabalhadora e muito querida pelas comunidades de Brotas e São Tomé de Paripe”, lamentou um dos familiares.

Segundo informações da Polícia Civil, ainda não há indícios da autoria e nem da motivação do crime. A polícia trabalha com a hipótese de que a vítima reconheceu os autores e tentou se defender, pois dois tiros a atingiram na mão. Outros dois disparos acertaram a comerciante na cabeça.

Com informações do repórter Bruno Wendel

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