Muriel comenta risco alto de queda do Flu e diz que adaptação a Oswaldo precisa de tempo

Goleiro Muriel falou sobre a situação do Fluminense e do técnico Oswaldo de Oliveira
Goleiro Muriel falou sobre a situação do Fluminense e do técnico Oswaldo de Oliveira Foto: Lucas Merçon / Divulgação Fluminense
Rafael Oliveira

Com a necessidade de voltar a vencer para não se complicar ainda mais no Brasileiro, o Fluminense tenta esquecer os problemas em seu entorno. Eles não são poucos: pressão da torcida, dificuldade de adaptação ao técnico Oswaldo de Oliveira e o risco cada vez maior do rebaixamento. Para dar a volta por cima, os jogadores pregam focar apenas no Fortaleza, adversário do próximo sábado, fora de casa.

– A gente não pode ficar se apegando a essas coisas externas. Temos que focar no que está ao nosso alcance. A gente sabe que a situação é difícil. Mas isso é fruto do que fizemos até aqui. Temos trabalhado muito, nos esforçado, mas sabemos que por enquanto não foi suficiente. Acredito que temos que focar no próximo jogo, contra o Fortaleza, que vai ser muito difícil. Precisamos de frieza, conversar, trabalhar. A medida que conseguirmos bons resultados, as coisas vão melhorar – comentou o goleiro Muriel, que soube durante a coletiva que o risco de rebaixamento da equipe já é de 72,3%.

– Estes números são baseados no que fizemos até aqui. Então temos a oportunidade de mudar nossa história. Temos uma folha em branco. Não é nada de fora, nenhum cálculo que vai fazer a diferença. É a nossa atitude.

Depois de uma terça-feira de trabalho regenerativo para quem foi titular contra o Avaí, o elenco completo teve seu primeiro dia de trabalho no campo esta semana. Ao todo, serão três dias de preparação para o jogo na capital cearense. Mais uma oportunidade para os jogadores se adaptarem a Oswaldo de Oliveira, o que vem se mostrando o maior desafio até agora. Sem ter digerido bem a demissão de Fernando Diniz, os tricolores sentem a diferença no método de trabalho.

– Cada treinador tem sua característica. Não cabe ficar falando muito do que passou. Mas o Oswaldo tem um currículo vitorioso e todo o nosso respeito. Evidente que não teve tempo ainda para adaptar. Mas, contra o Corinthians, fomos desclassificados no gol qualificado. E, contra o Avaí, foi uma fatalidade. Ele fez a parte dele, mas infelizmente a bola não entrou. É um treinador muito detalhista, valoriza cada bola parada, cobrança de lateral, tudo o que venha a acontecer no jogo para tirarmos proveito. Só precisa de tempo para mostrar tudo o que acredita, a filosofia dele. E estamos com muita seriedade para colocar em prática tudo o mais rápido possível – comentou Muriel.

Ao contrário do dia anterior, no treino desta quarta não foi registrada nenhuma manifestação de torcedores. Na terça, eles fizeram um protesto contra a sequência de resultados negativos e foram atendidos pelo diretor de futebol Paulo Angioni e por Nenê, Digão e Wellington Nem.

– A gente está numa grande equipe. Então, vai ter cobrança por resultados. Mas procuro ver pelo lado positivo. A torcida está com a gente, tem comparecido ao estádio. Infelizmente os resultados não estão vindo. Não pude participar (da reunião), mas a conversa foi muito positiva. O apoio do torcedor é fundamental. Precisamos estar todos juntos: jogadores, comissão, torcedores… A gente conta muito com o apoio deles. Toda conversa é bem-vinda porque nosso objetivo é o mesmo: o bem do Fluminense.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *