Neto de Agamenon critica extinção do Ministério do Trabalho

Neto de Agamenon Magalhães, que foi ministro do Trabalho no governo Getúlio Vargas, o senador Armando Monteiro (PTB) classificou de “equívoco a extinção dessa pasta que estaria sendo cogitada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro.

Para o senador, a extinção contraria práticas comuns no mundo inteiro, mesmo em países mais liberais, como os Estados Unidos, onde há um ministério responsável pelo setor trabalhista.

Armando afirmou que é necessário o governo estabelecer uma interlocução com os setores que constituem o universo do trabalho no Brasil.

“É um equívoco (extinguir a pasta). Quero também me associar àquelas vozes que têm se levantado para justificar ou exigir que o mundo do trabalho possa ter, na esfera governamental, uma estrutura adequada para que essa interlocução com o setor sindical, empresas e trabalhadores possa existir. É necessário que o governo perceba a necessidade desta pasta”, disse o senador pernambucano,
“O Ministério do Trabalho cumpre uma função muito importante inclusive de fiscalização. O Brasil ainda convive com práticas que não se coadunam com os direitos das partes. Então, é fundamental que essa estrutura exista e que o Ministério possa exercer essa fiscalização”, disse o senador à Rádio Marano de Garanhuns.

Segundo ele, “o ministério é responsável pela gestão do Fundo de Garantia, promove estudos sobre a questão do emprego no Brasil, é uma fonte de dados para que se possa avaliar o mercado de trabalho brasileiro, é muito importante. Portanto, eu acho que não faz sentido extinguir o ministério. É evidente que se algumas coisas ocorreram, e nós sabemos que ocorreram, cabe aperfeiçoar os controles internos e promover uma reestruturação, mas não extinguir o ministério”, afirmou.

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