No Fluminense, ‘dança das cadeiras’ promovida por Diniz no posicionamento chama a atenção dos jogadores

Fernando Diniz tem testado os jogadores em posições diferentes das que estão habituados
Fernando Diniz tem testado os jogadores em posições diferentes das que estão habituados Foto: Lucas Merçon / Fluminense
Rafael Oliveira

Na expectativa por Ganso, boa parte da torcida do Fluminense já se pergunta se o meia conseguirá se encaixar no modelo de Fernando Diniz. Embora o questionamento ocorra pelo fato do meia ser visto como pouco flexível, a necessidade de adaptação não é uma exclusividade dele. Durante a pré-temporada, alguns jogadores têm sido escalados em posições diferentes das que estão acostumados. Aos poucos, o treinador mostra que, para trabalhar com ele, é preciso se desapegar das funções de origem.

A “dança das cadeiras” de Diniz se concentra do meio para a frente. Um dos envolvidos foi o atacante Luciano, que, após atuar como centroavante no primeiro jogo-treino do time, contra a Cabofriense, foi recuado para ser o meia centralizado do Tricolor na segunda atividade, diante do Mageense.

Luciano foi deslocado para o meio para ocupar o lugar do recém-chegado Mateus Gonçalves. Embora tenha se destacado pelas pontas, o reforço vindo do Sport foi o meia centralizado no primeiro jogo-treino. Não se saiu bem e acabou trocado por Daniel, que atuou justamente pelos lados no segundo teste do time no ano.

— Ele me testou algumas vezes por dentro. Estou tentando contribuir ao máximo, mas não é a minha posição — disse Gonçalves, que nem por isso deixou de elogiar o trabalho do novo treinador. — Vejo um time muito competitivo. Quem quer que jogue entre os titulares tem condição de fazer um bom trabalho.

Em sua apresentação, Yonny Gonzalez afirmou que joga melhor pelos lados. Mas se colocou a disposição para atuar como centroavante. Não deu outra. No jogo-treino contra o Mageense, coube a ele à função — na qual, diga-se de passagem, saiu-se bem.

Para Caio Henrique, apresentado ontem, a situação não é nova. Sente-se melhor como volante. Mas, no Paraná, seu último clube, jogou como meia. Na conversa com Diniz, explicou sua preferência.

— Gosto de jogar de segundo volante ou até primeiro — contou o jogador, que, sem a garantia de que será atendido, parece já resignado. — Se precisar no meio, não tem problema.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *