Nordeste cria mais vagas, mas Brasil perde quase 40 mil postos de trabalho

Os dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Ministério do Trabalho mostram que continua recuando de perda de postos de trabalho com carteira assinada no país.

jogador desempregado

Os dados do mercado formal em setembro demonstram uma perda de 39.282 postos de trabalho, menor que o registrado em setembro do ano passado, quando foram perdidos 95.602 empregos formais.

Com relação ao estoque do mês anterior, houve um recuo de 0,10%, chegando a 39,0 milhões os vínculos trabalhistas no país. O resultado de setembro originou-se de 1.142.797 admissões e de 1.182.079 desligamentos.

Dois setores apresentaram saldos positivos, o da Indústria de Transformação que criou 9.363 postos (0,13%) e o Comércio com geração de 3.940 postos (0,04%).

O desempenho do setor da Indústria de Transformação deveu-se principalmente à expansão na Indústria de Produtos Alimentícios (que foi o destaque, com +15.231 postos ou +0,80%), na Indústria Química, (+1.849 postos ou +0,20%) – impulsionada pela fabricação do álcool; na Indústria de Calçados, (+1.354 postos ou +0,44%); e Indústria Têxtil, (+1.304 postos ou +0,44%).

No Comércio, a geração positiva de empregos foi impulsionada pelo ramo Varejista, que sozinho gerou 5.293 novos postos de trabalho.

Também merece destaque o saldo positivo nos Serviços Médicos e Odontológicos, com 4.291 novos empregos e no Ensino, que garantiu a geração de 3.189 novos postos.

Os resultados negativos foram verificados na Construção Civil (-27.591 postos), seguido pelos Serviços (-15.144 postos).

Dados regionais

Em duas regiões do país saldo foi positivo.

No Nordeste houve um saldo expressivo de 29.520 novos postos, ou 0,46%, em função das atividades ligadas à cadeia de produção e beneficiamento da cana de açúcar e às atividades de Cultivo de Uva.

No Sul, foram 1.135 novos empregos, resultado impulsionado pela indústria têxtil em Santa Catarina e do Paraná.

Houve queda no estoque de emprego no Sudeste (-63.521 postos ou -0,31%); Centro-Oeste (-5.374 postos ou -0,17%); e Norte (-1.042 postos ou -0,06%).

Entre os estados, Pernambuco foi onde mais se gerou emprego, criando 15.721 novas vagas, com destaque na Indústria de Produtos Alimentícios, com 6.774 novos postos.

Também em Alagoas, houve criação de 13.395 novos empregos, impulsionado também pelo desempenho positivo da Indústria de Produtos Alimentícios (+11.035 postos).

As quedas foram mais expressivas no Rio de Janeiro (-23.521 postos), prejudicado pelos serviços de Comércio e Administração de Imóveis e São Paulo (-21.853 postos), em razão do desempenho negativo da Construção Civil (-9.291 postos).

No acumulado do ano, a queda registrada no emprego atingiu o montante de -683.597 postos de trabalho, equivalente ao declínio de 1,72%, e, nos últimos doze meses, verificou-se redução de 1.599.733 empregos, representando uma variação negativa de 3,94%.

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