O cerco se fecha

Pelo jeito, nem Antonio Conselheiro muda

Da Redação

Foi realizada audiência de instrução durante o dia de ontem no Fórum local de Uauá, Bahia. Duas ações fizeram parte da pauta: AIJE – Ação de Investigação Judiciária Eleitoral e a AIME – Ação de impugnação de mandato Eletivo. Depois de ouvir as partes, o juiz Dário Gurgel deu despacho para que todas façam suas alegações finais, juntamente com o Ministério Público.

Diante do fato, o clima no município é de apreensão, segundo o vereador Paulo Sérgio (PSB), é notório a mudança no comportamento dos vereadores da situação. “Antes da coisa se agravar, o clima era tenso, para agente ter um projeto aprovado era a maior briga, muita dificuldade, hoje a coisa mudou, tudo é aprovado sem dificuldades. Até no comportamento de alguns deles dar pra vê que as coisas podem piorar a qualquer hora”, informa.

Amanhã, outra audiência será realizada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ). Durante o pedido de vista, por parte de um dos juízes – e a retirada de pauta na ultima quarta-feira (7) -, os trabalhos estão marcados para serem reiniciados amanhã (14). O processo a ser julgado é referente ao suposto crime político e econômico ocorrido em 2008, período eleitoral.

Por sua vez, o vereador Jerônimo Cardoso (PSB) mostra-se desanimado com ao andamento dos processos. “A população está ansiosa, pois espera que a justiça seja feita e chega de protelação que está público e notório que a defesa do prefeito é usar de todos os artifícios para empurrar com a barriga o processo de cassação. Até cego de nascença já percebeu isso. A administração Jorge Lobo já jogou a toalha, dizem nos quatro cantos da cidade que vão apenas usar de ‘artifícios ou artimanhas’, para que a justiça só julgue em março. É um absurdo essas brechas elementares que a ‘lei’ dá, mesmo com o diploma do prefeito cassado e a justiça tendo certeza de que o cidadão é réu confesso e com a existência de fartas provas, acabam sendo levados por intermináveis desculpas esfarrapadas. Enquanto isso, a população paga um alto preço pela lentidão da justiça, e o pior, dão gargalhadas, gastam milhões em fogos e farras a cada protelação”, lamenta.

Jerônimo conclui mostrando-se chateado com os problemas ocasionados no município. “E o que é mais terrível nestes casos de corrupção eleitoral é que o prefeito acaba tirando todo o mandato, quebra o município, e eu pergunto se é para deixar ficar no mandato, mesmo cassado, e se o mandato já vai terminar, por quê tanta lentidão para emitir a decisão do que já foi julgado?”.

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