‘O MPF não é perfeito’, diz criminalista

Ele defende que não haverá impacto na Lava Jato com a posse de Raquel Dodge

ADRIANA CRUZ

Políticos acusados de corrupção, entre eles o presidente da República, Michel Temer, do PMDB; uma guerra declarada entre os poderes, como o Executivo e Legislativo contra o Ministério Público Federal (MPF), principalmente com relação aos rumos sobre as investigações da Lava Jato.

Nesse cenário tomou posse ontem a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, no lugar de Rodrigo Janot. Ela é a primeira mulher a assumir o cargo.

Com a palavra – Thiago Bottino, criminalista da FGV Direito

Thiago Bottino, criminalista da FGV DireitoDivulgação

Qual o impacto da Lava Jato com a saída do Rodrigo Janot?
A Raquel vai montar nova equipe. Não haverá impacto em Curitiba, só para quem tem foro. A Lava Jato não acaba. No caso JBS, houve críticas em função do ex-procurador Marcello Miller.

As instituições saem chamuscadas?
Quais instituições?

Supremo, MPF e Congresso?
O Congresso está chamuscado há muito tempo por causa do alto número de parlamentares denunciados e investigados. E não é ágil para cassar ou não os mandatos.

E o STF e o MPF?
O Supremo ficou na berlinda com a JBS, mas a Cármen Lúcia preservou a instituição. Foi rápida e fez um pronunciamento. Já o MPF, com relação à delação da JBS, Janot passou o sentimento de que fora traído no caso Marcello Miller. O MPF não é perfeito. Caberá agora a Raquel Dodge resgatar a imagem da instituição.

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