O que vai acontecer se o governo Bolsonaro tirar da Caixa a operação do FGTS?

Em vídeo, o presidente da Fenae, federação representante do pessoal da Caixa, afirma que a medida é um ataque direto ao direito dos trabalhadores

Foto: Agência Brasil

O governo de Jair Bolsonaro (PSL) anunciou nesta segunda-feira (8) que poderá promover uma ampla reformulação do FGTS, e isso inclui tirar o controle único da Caixa e permitir que bancos privados também tenham acesso aos recursos. Medida pode afetar o financiamento de projetos de infraestrutura, saneamento e habitação.

Jair Pedro Ferreira, presidente da Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal), alertou para os riscos da medida e disse que é um ataque as empresas públicas e à CEF.

“A sociedade vai perder, vai ter um descontrole. Quem perde são os trabalhadores, as pessoas que precisam de financiamento para a casa própria, são as pessoas pobres, que mais precisam da presença do Estado”, disse. “Esse é o verdadeiro ataque à soberania e o ataque ao direito dos trabalhadores e trabalhadoras”, completou o presidente.

O parecer será lido em Comissão Mista do Congresso nesta terça-feira (8) e prevê que a Caixa continuará exercendo o papel de receber os depósitos e fazer a gestão do passivo, mas os bancos concorrentes terão acesso direto às verbas do Fundo para aplicar os recursos. Não há qualquer evidência de que a medida traz benefícios aos trabalhadores, que dependem do Fundo.

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