Odacy defende vinda de médicos cubanos para o Brasil

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O Programa Mais Médicos, do Governo Federal, foi tema do pronunciamento do deputado estadual Odacy Amorim, do PT-PE, na sessão da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) desta quinta-feira, dia 22 de agosto. O deputado abordou especificamente a contratação de médicos cubanos para o programa, anunciada pelo Ministério da Saúde como forma de suprir as vagas oportunizadas pelo programa, mas que não interessaram aos médicos brasileiros.

Antes o governo já tinha aberto inscrições para médicos brasileiros que são prioridade, depois houve seleção para profissionais estrangeiros de países como Portugal e Espanha, só que foram poucos inscritos e agora A opção por Cuba que é referência em saúde publica tendo criado programas modelos como o PSF (Programa de Saúde da Família) que o Brasil importou e hoje é o carro chefe da atenção básica no País.

Conforme Odacy, a intenção da presidente Dilma Rousseff (PT) é trazer 5 mil médicos de Cuba que atuarão nas cidades onde a carência de médicos é grande.

“Conheço o trabalho de médicos de Cuba eles satisfazem a população por onde passam. O Governo Federal abriu a inscrição para o Mais Médicos porque esta provado que faltam médicos no Brasil. Num revista de circulação nacional, uma reportagem apontou que temos hoje metade dos médicos que precisamos, comparando com a média de países como Alemanha e a presidenta Dilma tem buscado uma solução para atender quem realmente precisa que é o povo, claro que respeitando os médicos brasileiros, porque a inscrição foi primeiro para os médicos daqui, mas não temos médicos do Brasil disponíveis para atender nas cidades onde esta faltando médico”, destacou o deputado.

Odacy deu um exemplo prático de como é difícil para os municípios do interior, principalmente em cidades do Norte/Nordeste, conseguirem médico. Ele sentiu isso na pele quando foi prefeito de Petrolina entre 2007 e 2008, quando ofereceu R$ 10 mil para uma médica atender numa comunidade do interior da cidade, com acesso pavimentado até a porta do posto de saúde, e mesmo assim não conseguiu atrair nenhum profissional.

“Era para contratar uma médica para ir para o interior pagando naquela época R$ 10 mil por mês, numa comunidade com estrutura, pavimentação ate a porta do posto, numa localidade distante 50 Km de Petrolina e não conseguimos. Isso foi em Petrolina, mas essa é a realidade das cidades e de comunidades de algumas capitais. A gente batalha por um médico e não consegue”, acrescentou o deputado.

Sobre a remuneração dos médicos cubanos, que segue a legislação do País de origem, Odacy disse que em Petrolina a Apami, entidade filantrópica, firmou em seu governo um convênio com o governo cubano para a contratação de um médico de Cuba para o distrito de Rajada e o repasse era feito ao governo cubano para que fosse feita a remuneração do profissional.

“Eu consegui esse convênio para Petrolina quando estive governando a cidade. Quem pagava o médico era o Governo de Cuba depois do repasse feito pela Apami. É um estilo de governo deles. O nosso País já avançou muito e estamos ainda aquém do que a população precisa e merece, mas eu acredito que o direito desses profissionais de Cuba será respeitando no estilo deles, na forma de governo deles. Cuba é um pais que está preparado para oferecer ao Brasil 5 mil profissionais para atender por um determinado tempo a nossa demanda de saúde”, atestou o deputado Odacy Amorim.

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