Operação Desumano: Justiça prorroga prisão temporária de empresário

Foto: Divulgação
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A Justiça Federal decidiu prorrogar, por mais cinco dias a partir de segunda-feira (21), a prisão temporária do empresário Paulo Magnus, da MV Sistmas.

O empresário foi preso, na quarta-feira (16), sob a acusação, informada em coletiva pela própria Polícia Federal, de ser o real proprietário de uma organização social “de fachada” que administrava o hospital de campanha da Imbiribeira, da Prefeitura do Recife, além do único hospital de campanha da Prefeitura de Jabotão.

O empresário chegou a dizer ao juiz federal, através de seus advogados, que “a) está colaborando com as investigações; b) já foi interrogado em sede policial; c) foram exauridas as medidas de busca”, além de outros argumentos.

A Polícia Federal e o MPF, contudo, pediram a prorrogação da prisão que acabaria no domingo (20).

O juiz federal negou a revogação da prisão, revelando que ainda existem diligências em andamento da operação, mas sem entrar em detalhes.

Ainda estão pendentes também depoimentos de investigados e testemunhas. O juiz mencionou receio de Paulo Magnus “combinar versões” com investigados.

“Acaso posto em liberdade, nesta fase mais ostensiva da apuração, o investigado PAULO MAGNUS combine versões acerca dos pretensos ilícitos e/ou articule a ocultação de provas, causando grave prejuízo à verdade real”, decidiu o juiz.

Em comunicado, o Instituto Humanize rebateu as acusações.

“O Instituto Humanize de Assistência e Responsabilidade Social repudia com veemência as acusações feitas pelo Ministério Público Federal dentro da operação Desumanos. Todas as nossas prestações de contas foram entregues, dentro dos prazos, às prefeituras do Recife e de Jaboatão dos Guararapes, bem como ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), a quem cumpre a obrigação de fiscalizar a execução dos contratos. O Instituto Humanize de Assistência e Responsabilidade Social respeita regras de compliance e, prezando pela transparência, suas prestações de contas estão à disposição da sociedade por meio site www.humanize.org.br. O Instituto sempre esteve à disposição para todos os esclarecimentos.”, afirmou a entidade, na quarta ainda.

OPERAÇÃO

A Operação Desumano investiga dois contratos sem licitação com o Instituto Humanize, organização social ligada ao empresário Paulo Magnus segundo a Polícia Federal.

Segundo os autos judiciais, o primeiro órgão a apontar irregularidades nas contratações foi o Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO), ainda em abril, tendo apresentado uma representação ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) já no início de junho. O Blog noticiou na época, em primeira mão.

Ao decretar a primeira prisão temporária de Paulo Magnus, o juiz federal citou vários dos elementos colhidos pelo MPCO sobre o contrato com a Prefeitura de Jaboatão.

Posteriormente, Ministério Público Federal, Polícia Federal e Controladoria Geral da União aprofundaram as investigações.

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