A próxima semana deve reservar novo momento de turbulência na política do Fluminense. O presidente do Conselho Deliberativo, Fernando Leite, convocou para terça-feira a reunião em que as contas de 2017 serão votadas. Como o assunto é um dos que mais dividem opiniões no clube, a tendência é que o encontro seja marcada por discussões e tensão.
A política do clube está rachada em torno da aprovação das finanças. A situação, formada pelos grupos Flusócio (do presidente Pedro Abad) e Esportes Olímpicos, defende a votação das finanças de 2017. Já a oposição quer que, antes, o balanço de 2016 seja revisto. O motivo é o fato de as contas do ano retrasado terem sido refeitas em razão de uma série de irregularidades. A contabilidade do período, então, deixou de apontar superavit de R$ 8 milhões e passou a registrar deficit de R$ 13 milhões.
Na última reunião do Deliberativo, em outubro, uma votação apertada decidiu que os conselheiros deveriam deliberar, primeiro, sobre as contas de 2017. A oposição não aceitou o resultado, e o evento terminou em bate-boca e agressão.
Os oposicionistas já avisaram que não aceitam votar as contas de 2017 na próxima terça e tentarão, mais uma vez, convencer o presidente do Conselho Deliberativo a rever esta decisão. Caso não tenham sucesso, ameaçam acionar a Justiça comum.
Vale lembrar que, em paralelo, circula na Justiça uma ação pela anulação da votação do balanço de 2016. A medida foi tomada antes mesmo de as contas terem sido refeitas. Isso porque, segundo a oposição, as finanças daquele ano foram aprovadas sem a contagem dos votos. Aos conselheiros foi pedido apenas que levantassem o braço.