Pai de Marília Arraes abandona PSB com críticas aos correligionários nacionais e locais

Foto: Divulgação
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Marcos Arraes, filho de Miguel Arraes, deixou o PSB nesta terça-feira (15). Ele é pai da vereadora do Recife Marília Arraes, que faz oposição aos socialistas e tenta disputar o governo de Pernambuco pelo PT, mas pode ter a candidatura rifada caso o partido resolva se aliar novamente ao PSB. Em carta encaminhada ao presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, Arraes relembra o apoio a Aécio Neves (PSDB) nas eleições de 2014 e ao impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016 e diz não concordar com os rumos do PSB.

“Sobretudo, não poderia ainda deixar de registrar minha incompreensão pelos caminhos que o PSB tem adotado em Pernambuco, principalmente após o desaparecimento precoce de Eduardo Campos, na busca de viabilizar projetos eleitorais imediatistas”, diz o pai de Marília.

Mais cedo, Siqueira se reuniu com a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, para conversar sobre a possível aliança. “O PT ainda não tem uma definição nacional sobre aliança com o PSB”, afirmou o deputado federal petista Paulo Teixeira (SP), do grupo de tática eleitoral, ao ser questionado pelo Blog de Jamildo se a direção nacional pode interferir no Estado, como aconteceu em 2012.

Além de Pernambuco, um estado chave é Minas Gerais, onde os petistas estariam colocando como condição a retirada da pré-candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda (PSB) e o apoio à reeleição de Fernando Pimentel (PT). O governador mineiro estará em Pernambuco para reunião com Paulo Câmara (PSB) nesta sexta-feira (18).

“Para tomar decisão de tamanha importância, não poderia deixar de lembrar os ensinamentos de meu pai, que em toda a vida pública e durante os 15 anos que esteve à frente da presidência do PSB, sempre pautou sua atividade política pela defesa dos desassistidos e dos que já não tinham esperanças de viver condignamente”, afirma Marcos Arraes na carta a Siqueira.

“Era o tempo de um PSB que se destacava entre os protagonistas na luta pela inclusão social e defensor intransigente das causas que tornassem o Brasil um país mais justo e menos desigual. Hoje, com um misto de tristeza e de indignação, lamento ver este mesmo partido desatento aos princípios de sua história republicana e cada vez mais longe da sua vocação socialista”.

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