No dia 3 de junho, à meia-noite em ponto, Matt Sooter, de 29 anos, publicou no seu Facebook uma foto tocante do seu filho pequeno, Jackson, de seis anos, conversando e brincando com sua outra filha, Addy, de quatro. A imagem poderia ser descrita como uma cena comum entre irmãos, se não fosse o fato da menina estar internada por causa de um câncer terminal e daquele momento se tratar da despedida dos dois.

“Um garotinho não deveria nunca precisar dar adeus à sua parceira, à sua melhor amiga, à sua irmãzinha. Não é assim que deveria ser, mas esse é o mundo destruído em que vivemos”, é a reflexão trazida na primeira frase do texto, que acompanha a foto dos dois em uma cama de hospital. “Ela não tem muito mais tempo pela frente”, continuava a postagem, quase prevendo que Addy viria a falecer apenas uma hora depois.

O câncer que tomou conta de Addy

A garota tinha um tumor cerebral denominado Glioma Pontino Intrínseco Difuso, que atinge o sistema nervoso. De acordo com Matt, a doença foi diagnosticada aos dois anos de idade na sua filha, que, desde então, passou por 33 tratamentos com radiação no Arkansas. Ela também passou por outros dez tratamentos experimentais de quimioterapia e imunoterapia no México, para ganhar tempo de vida.

Os últimos dias, no entanto, não foram fáceis para a criança. “Os sintomas de Addy progrediram rapidamente em um dia e meio. Ontem, ela acordou brincalhona. Enquanto ainda víamos curtos relances da nossa menina, ela não podia mais comer ou engolir sem sentir dificuldade e ela dormia durante a maior parte do tempo”, explicou na publicação.

“Adeus, irmãzinha”

Addy veio a óbito à uma hora da manhã do dia 3 de junho. “Ela passou dessa vida para outra da mesma maneira como viveu: com teimosia, mas em paz, rodeada pela família. Ela não sofreu nos últimos momentos”, relatou Scooter ao Washington Post. Segundo ele, seu filho Jackson só foi informado às quatro da manhã sobre o ocorrido. “Nós contamos a ele que ela havia falecido, que ela agora estava com Jesus e não estava mais sentindo dor”, contou, e finalizou: “Ele apenas disse ‘Adeus, irmãzinha’, e fomos para o carro”.

*Com informações do Washington Post