Pantanal tem maior número de incêndios da história e setembro nem acabou
O Pantanal teve 6.048 pontos de queimadas registrados no bioma desde o dia 1º de setembro até quarta-feira (23). É o número mensal mais alto de focos de incêndio desde o início da série histórica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 1998. O recorde mensal anterior era de agosto de 2005, quando houve 5.993 focos de incêndio no bioma.
Em comparação a 2019, quando setembro teve 2.887 focos detectados em 30 dias, o mesmo mês de 2020 já teve alta de 109%. O número de focos neste mês está 211% acima da média histórica do Inpe para setembro, que é de 1.944 pontos de incêndio.
Mesmo faltando três meses antes de terminar, 2020 também ultrapassou o recorde de queimadas em um ano para o Pantanal. Foram 16.201 focos registrados desde janeiro até quarta-feira (23). Antes, o número mais alto havia sido registrado em 2005, com 12.536 focos em todo o ano.
Com recordes de desmatamento, Bolsonaro voltou a negar o problema. Durante pronunciamento (virtual) na Assembleia Geral das Nações Unidas, na terça-feira (22), ele voltou a culpar indígenas pelas queimadas. Também denunciou uma “campanha de desinformação” sobre a derrubada das florestas.