PCdoB baiano quer espaço na chapa do PT em 2014

Lilian Machado
 

Aliado histórico do Partido dos Trabalhadores, que muitas vezes se rendeu a um projeto de parceria contra a conquista de uma caminhada própria rumo ao poder Executivo, o PCdoB reforça a tendência de briga por espaço na composição que irá concorrer  à sucessão do governo Wagner, em 2014.

Em meio à tentativa de articulações do PP, PDT e PSD, que tentam assegurar um espaço para a vice e o Senado, os comunistas voltaram a avisar que vão reivindicar um quinhão da chapa majoritária. Segundo o presidente estadual do PCdoB, odeputado federal Daniel Almeida, na última conversa que teve com o governador Jaques Wagner há mais de 30 dias já havia sido destaque o pleito do partido por um lugar na chapa.

líder rememora a aliança antiga com o PT para justificar o pedido, além da afinidade com a ideologia de esquerda que os juntaram.  “O PCdoB é o aliado mais próximo do PT, tanto no projeto nacional quanto aqui na Bahia. Desde de 1996 na eleição de Salvador que estivemos juntos. É necessário se manter essa identidade de esquerda nesse projeto”, ressaltou. Almeida lembra que o governador considerou a reivindicação legítima, mas que primeiro iria resolver o nome para governo, fato que deve ocorrer até o dia 30 de novembro.

Diante disso, o deputado federal não demonstra ansiedade, pois segundo ele, a situação ainda não está definida. “Eu acho que nós (todos os partidos) devemos continuar conversando até abril. Decisão pra valer mesmo só nesse período. Não vejo porque tanta pressa para decidir a chapa, pois temos muito tempo ainda pela frente”, considerou.

Apesar da abertura para novas possibilidades de alinhamentos partidários com vistas a 2014, Almeida afasta a chance de caminhar com outro palanque que não tenha vinculação com Wagner.

Questionado sobre o contexto em torno da senadora Lídice da Mata (PSB), que pode se candidatar ao Palácio de Ondina dando sustentação ao projeto do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) na disputa pela Presidência da República, o presidente do PCdoB categorizou. “Há chance de nos ligarmos a qualquer partido desde que seja em um projeto coordenado por Wagner. Pode ser se Lídice for candidata dentro do campo liderado por Wagner”, disse. No entanto, não quis argumentar como opinião definitiva. “Esse é o nosso pensamento hoje. Pode ser que amanhã mude”.

Tribuna

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