Pernambucano em condicional foi autor de estupro e atropelamento que matou uma paraibana e deixou outra gravemente ferida

Crime aconteceu no dia 20 passado e criminosos foram apresentados nesta terça em coletiva à imprensa, na Paraíba

Policiais da Paraíba e de Pernambuco deram entrevista nesta terça (30), em João Pessoa / Polícia da Paraíba/Divulgação

Policiais da Paraíba e de Pernambuco deram entrevista nesta terça (30), em João Pessoa

O estupro, espancamento e atropelamento de duas mulheres paraibanas (uma delas morta) foi praticado por um pernambucano em liberdade condicional. Um outro suspeito, paraibano, participou apenas do roubo do carro em que as mulheres estavam, um Grand Siena encontrado carbonizado no dia 22, em uma área rural do município paraibano de Pedras de Fogo. Essa é a conclusão das investigações sobre o caso, apresentada em coletiva à imprensa, nesta terça-feira (30), pela Polícia Civil paraibana, junto com os dois suspeitos: Leonardo José de Souza, de 22 anos, e Ivar Pedro da Silva, 43.

Conforme o superintendente da Polícia Civil da Região Metropolitana de João Pessoa, Marcos Paulo Vilena, informou à imprensa local, Ivar, que é pernambucano, foi o único autor dos estupros, tentativas de homicídios (inclusive contra o bebê de 9 meses da vítima mais nova, deixado na mata), homicídio qualificado e pela destruição do carro de uma das mulheres, podendo pegar 110 anos de prisão.

Leonardo teria participado apenas do roubo do carro, um Grand Siena encontrado carbonizado no dia 22, numa área rural do município paraibano de Pedras de Fogo. Se condenado por roubo qualificado, ele pode ter pena de 6 a 15 anos de prisão. Ele foi preso no dia 27, na comunidade Iraque, em João Pessoa. Confessou ter abordado as mulheres para roubar o carro, onde Ivar teria entrado e seguido com elas, sendo acompanhado por Leonardo, que estava numa motocicleta.

No caminho, eles conversaram e Ivar continuou sozinho. Capturado nesta terça pela manhã, em Igarassu, Ivar foi levado à sede da Secretaria de Defesa Social paraibana, onde chegou a tentar suicídio. “Mesmo só com roupa íntima ele quebrou o azulejo da cela onde estava e cortou o pulso, mas o ferimento foi superficial”, contou Vilena em rede de televisão.

As investigações também indicam que Ivar estaria em liberdade condicional. Ele responde por outra tentativa de homicídio, além de vários assaltos e porte ilegal de arma, crimes cometidos na Paraíba, em Pernambuco e na Bahia. Mas ele estaria desarmado no momento da abordagem, fato não percebido pelas vítimas, que se preocupavam muito com a segurança do bebê, conforme a polícia.

Durante a coletiva, a delegada Roberta Neiva, que preside o inquérito, explicou que Ivar colocou a mulher mais nova e o filho dela amarrados no carro, enquanto estuprava a mais velha. Depois de estuprá-la ele a amarrou e a colocou dentro da mala. Deu algumas voltas no veículo, parou e estuprou a segunda. Em seguida, largou o bebê na mata, perto de onde estavam, colocou as duas  no chão e passou com o carro por cima delas.

No dia seguinte, as vítimas foram encontradas por trabalhadores rurais e vigilantes da Usina Santa Tereza. A mais velha estava morta. A outra, amarrada e com politraumatismo, foi levada ao Hospital Miguel Arraes e transferida para a UTI do Hospital Memorial São José, sendo liberada  recentemente. O bebê estava com várias picadas de insetos, foi hospitalizado e liberado. Conforme a delegada, a sobrevivente passou a noite junto ao corpo da amiga,  ouvindo o filho chorando.

JC tentou falar com os delegados, por telefone, mas os dois números informados pela assessoria de imprensa da Secretaria de Defesa Social estavam errados. O inquérito ainda não foi concluído.

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