‘Perplexidade e indignação’: Moro critica PGR por negociar com delator de amigo

Tacla Duran acusou advogado Carlos Zucolotto Júnior de intermediar negociações paralelas com a força-tarefa da Operação Lava Jato

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O ex-ministro Sergio Moro criticou a Procuradoria-Geral da República (PGR), após a informação de que seriam reabertas as negociações da delação do advogado Rodrigo Tacla Duran. Operador da Odebrecht entre 2011 e 2016, Tacla Duran acusou o advogado trabalhista Carlos Zucolotto Junior de intermediar negociações paralelas com a força-tarefa da Operação Lava Jato.

De acordo com informações da Folha de S.Paulo, Zucolotto Junior é amigo e padrinho de casamento do ex-ministro.

“Na ocasião, o relato não verdadeiro prestado por acusado foragido do país teve o destino apropriado: o arquivamento”, disse o ministro, em nota.

Moro afirmou ainda que está disposto a prestar qualquer tipo de esclarecimento e associou a retomada das negociações entre a PGR e Tacla Duran com sua saída do governo de Jair Bolsonaro.

A PGR não comentou o caso, nem as defesas de Tacla Duran e de Carlos Zucolotto.

“Causa-me perplexidade e indignação que tal investigação, baseada em relato inverídico de suposto lavador profissional de dinheiro, e que já havia sido arquivada em 2018, tenha sido retomada e a ela dado seguimento pela atual gestão da Procuradoria-Geral da República logo após a minha saída”, escreveu Moro.

De acordo com informações da Folha, a esposa de Moro, Rosângela Moro, já foi sócia do escritório de Zucolotto. A relação entre o ex-ministro e o advogado foi usada pelo PT para descredibilizar a atuação de Moro quando ele atuava na Lava Jato.

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