Petrolina: propostas para problemas antigos e novos, além de muitas farpas marcam debate
“Deveria ter um detector de mentira. Um já governou, o outro, o pai já foi prefeito três vezes, o outro já foi secretário e não fizeram nada”, acusou Adalberto, se referindo, respectivamente, a Odacy Amorim; Miguel Coelho, filho do hoje senador Fernando Bezerra Coelho (PSB); e Ednaldo Lima, nome colocado pelo atual grupo político que administra a cidade, pelo atual gestor Júlio Lóssio (PMDB).
Dos temas tratados, os de saneamento e saúde, até por estarem ligados entre si, foram muito citados pelos candidatos que responderam as perguntas feitas entre si, de ouvintes e dos jornalistas do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJCC), Jamildo Melo e Waldiney Passos. A mediação foi do comunicador Wagner Gomes.
Miguel, que lidera as pesquisas de intensões de voto, afirmou que a “saúde da cidade está em estado deplorável, postos fechados” e afirmou que irá, assim que assumir, reestruturar o Programa de Saúde da Família. “Ela foi tirada dos bairros.”
Adalberto, com um forte discurso crítico durante todo o encontro, disse que “fecharam o matadouro e trouxeram para o Hospital de Traumas”. Se referindo a outro ponto bastante explorado durante toda a campanha. Após não contar mais com o equipamento desde fevereiro deste ano, os marchantes tiveram como alternativa levar, por exemplo, os animais para o matadouro da cidade vizinha, Juazeiro, na Bahia. Reabrir, logo no início da gestão, é a promessa dos candidatos que fazem oposição ao postulante do PMDB.
Adalberto acusou Odacy de ter sumido com R$ 1 milhão que deveria ter sido usado para saneamento. Colocação que o petista retrucou, dizendo que a Polícia Federal já “esclareceu a situação” e que não houve má fé da sua administração. “Vou universalizar a coleta de esgoto para toda Petrolina”, anunciou.
Já Ednaldo saiu em defesa da atual gestão. “Tiramos a saúde básica de 16% para (uma cobertura) de 90%. Os funcionários do Hospital de Trauma precisam ser respeitados. Os parlamentares que estão aqui, estaduais e federais, poderiam ter colocado emendas para ajudar o Hospital de Trauma”, afirmou.
Respondendo a Jamildo Melo, Miguel Coelho disse que poderia trabalhar em parceria com a Compesa, mas que esta precisaria passar a investir o dobro do que a Prefeitura colocar. Essa questão é outra que permeia estas eleições.
“Fernando (se referindo ao seu pai) ganhou no Supremo, mas o prefeito que entrou fez um TAC com a Compesa e ela continuou. Se ela ficar, nós vamos trabalhar com a Compesa. Hoje temos menos de 57% de coleta, tínhamos 80%. A cada um real investido pela Prefeitura, a Compesa terá de investir dois. “A coleta ficaria com a prefeitura e o esgoto só para a Compesa”
PASSE LIVRE
A implantação do Passe Livre Estudantil é uma das linhas dos planos de governo mais defendidas por Miguel e Perpétua, mas eles discordam quanto a abrangência. O socialista disse que ele está “planejando primeiro para os alunos da rede municipal. Vai ser no sistema da biometria, para evitar fraude. Serão 70 passagens mensais e 4 passagens diárias”. Já ela pretende que seja para todos os estudantes. “Da rede municipal, estadual e os universitários”, frisou.
QUESTÃO NACIONAL
Coube a Adalberto e Odacy, embora resistam a formar aliança para derrotar Miguel, bater mais na tecla da questão nacional e chamar de “traidores” nomes que apoiam os outros candidatos. “cuspiu no prato que comeu”, alfinetou o petebista em relação ao ex-ministro do governo Dilma, Fernando Bezerra Coelho. Odacy acusou de “golpistas” o grupo que apóia Ednaldo
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