PF acha documento que cita suposta propina de BTG a Cunha e parlamentares, diz O Globo

Eduardo Cunha
Eduardo Cunha Foto: Jorge William / Agência O Globo
Reuters

A Polícia Federal encontrou um documento com anotações de suposto pagamento de propina do banco de investimentos BTG Pactual ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e a outros peemedebistas, segundo reportagem no site do jornal O Globo no domingo.

De acordo com O Globo, que não diz como obteve a informação, documento apreendido na casa do chefe de gabinete do senador Delcídio Amaral (PT-MS), Diogo Ferreira, dá conta de que o BTG Pactual teria pago 45 milhões de reais a Cunha e a outros parlamentares do PMDB em troca de emenda a uma medida provisória, para permitir o uso de créditos fiscais da massa falida do banco Bamerindus, de propriedade do BTG.

Em comunicado, o BTG negou o pagamento por suposto benefício referente a MP 608 e disse estar à disposição de autoridades para esclarecimentos.

Em sua conta no Twitter, Cunha disse que “é um verdadeiro absurdo e parece até armação aparecer uma anotação com uma pessoa que não conheço citando coisas inexistentes”.

De acordo com O Globo, o conteúdo do documento mencionando o suposto pagamento de propina foi usado para embasar o pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de conversão da prisão temporária em preventiva do chefe de gabinete de Delcídio e do banqueiro André Esteves, controlador do BTG Pactual.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki determinou as prisões preventivas de Ferreira e de Esteves no domingo.

Delcídio, que era líder do governo no Senado, seu chefe de gabinete e o banqueiro foram presos na semana passada por suspeita de obstruírem a operação Lava Jato, que investiga um esquema bilionário de corrupção que envolve a Petrobras. Também foi preso o advogado do ex-diretor da área Internacional da petroleira Nestor Cerveró, Edson Ribeiro Filho.

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