PF apreende documentos na sede da Petrobras

A Polícia Federal vai até a sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, para apreender documentos nesta sexta-feira. A ação é um desdobramento da Operação Lava-Jato, que teve como alvo um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que provocou prejuízos de R$ 10 bilhões. Mais 21 mandados de prisão são cumpridos nesta sexta em cidades do Rio e São Paulo.

Investigação

A operação foi intitulada “Lava Jato” porque o grupo usava uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para movimentar os valores. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal no Paraná. São cumpridas também ordens de sequestro de imóveis, além da apreensão de patrimônio adquirido por meio de práticas criminosas e bloqueio de contas e aplicações bancárias.

Segundo a PF, o grupo investigado, “além de envolver alguns dos principais personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil”, é responsável pela movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas em crimes como o tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração e contrabando de pedras preciosas e desvio de recursos públicos.

Um dos detidos foi doleiro Alberto Youssef, cujo avião foi utilizado pelo deputado federal André Vargas (PT-PR). O parlamentar chegou a divulgar uma nota para dizer que é amigo do doleiro e que não tem qualquer envolvimento com os negócios de Youssef.

Vargas fez um discurso no plenário da Câmara, negando envolvimento com negócios do doleiro, mas admitindo que conhece Youssef há mais de 20 anos. Ele disse que foi surpreendido com as notícias sobre a investigação de Youssef, e ressaltou que desconhecia os motivos pelos quais ele estava sendo investigado. (Band)

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