PM encontra cabeça de marido na porta de casa

Vítima era ex-jogador de futebol e atuou em clubes como Madureira e Bangu. ‘Crime bárbaro’, diz policial

FLAVIO ARAÚJO E LUARLINDO ERNESTO

A soldado da Polícia Militar Geísa Silva, de 31 anos, encontrou a cabeça do marido na porta de casa, na manhã desta terça-feira, em Realengo, na Zona Oeste. Ela saía para trabalhar por volta das 5h30quando encontrou a cabeça dentro da mochila que pertencia ao companheiro.

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Cabeça foi deixada em frente à casa de PM de UPP

Foto:  Alessandro Costa / Agência O Dia

João Rodrigo Silva Santos, de 35 anos, foi sequestrado nesta segunda à noite, quando fechava sua loja de suplementos alimentares, em Realengo. Ele foi levado por bandidos em seu carro, um Hyundai i30 e decapitado.

Ex-jogador de futebol do Bangu, Madureira e Boavista, a vítima se dedicava ao comércio desde a aposentadoria dos gramados. A cabeça da vítima foi encontrada sem os olhos e com a lingua cortada.

Segundo Rafael Rangel, chefe do Setor de Investigações da DH, Geísa disse que não sabia de nenhuma ameaça sofrida pelo marido ou por qualquer outro membro da família. Ela trabalha como assistente social na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro do São Carlos, no Estácio, e realiza trabalho administrativo.

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João Rodrigo Silva Santos atuou pelo Bangu entre 1996 e 2005

Foto:  Reprodução Internet

“Não há nada recente que justifique esse crime bárbaro”, disse Rangel. Uma das linhas de investigação da DH seria que bandidos descobriram que João Rodrigo era casado com uma policial. Geísa presta depoimento na Divisão de Homícios (DH) na manhã desta terça. Agentes da DH realizaram perícia no local, na Rua Rosa Martins, esquina da Rua Laura Dias.

A especializada já ouviu cinco testemunhas. Três delas presenciaram o momento do sequestro, por volta das 21h, na porta da loja de João Rodrigo, que vende suplementos alimentares ao lado de uma academia de ginástica na Rua Piracaia, também em Realengo. Uma câmera de segurança flagrou a abordagem e as imagens estão em análise. “A DH trabalha com linhas de investigação diversas: ação de traficantes ou milicianos; vingança por algo que tenha ocorrido no passado da vítima; latrocínio, já que o carro dele foi levado; mas também não descarta que o fato dele ser casado com uma PM possa ter motivado o crime”, explicou o delegado William Pena Jr.

O carro de João Rodrigo ainda está desaparecido e a suspeita dos investigadores é que o resto do corpo dele esteja no veículo. Cinco equipes da especializada fazem buscas na Zona Oeste atrás do carro, e procuram mais testemunhas e possíveis outras imagens da fuga dos bandidos no momento do sequestro.

Fonte: O Dia

 

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