PMDB de Pernambuco repudia Jucá e diz que Jarbas é ‘reserva moral’ do partido

Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

O PMDB de Pernambuco divulgou uma nota, nesta sexta-feira (11), se solidarizando ao deputado federal Jarbas Vasconcelos após ele e mais cinco peemedebistas terem sido punidos como a suspensão das atividades partidárias por um prazo de 60 dias, em razão de terem contrariado a orientação da liderança peemedebista na Câmara, pelo voto contra o pedido de investigação do presidente Michel Temer (PMDB), no último dia 2.

Na nota, o partido diz que não é aceitável a decisão da executiva nacional e que o deputado Jarbas Vasconcelos é a uma “reserva moral do PMDB e da vida pública do Brasil”. Um mês antes da votação, o parlamentar já havia avisado o seu posicionamento na votação.

“Em, toda minha vida pública eu fui a favor de que se investigue denúncias graves contra quem quer que seja. Fiz isso ao longo de todos os cargos que ocupei. A denúncia contra o presidente é grave e possui elementos robustos. Sou do partido do presidente mas voto com minha consciência. Por isso voto para se prossiga a investigação e para que defesa e acusação possam se colocar com propriedade”, afirmou, na época.

Na lista dos peemedebistas punidos estão Celso Pansera (RJ), Jarbas Vasconcelos (PE), Laura Carneiro (RJ), Sérgio Zveiter (RJ), Veneziano Vital do Rego (PB) e Vitor Valim (CE). De início, devem perder funções partidárias.

Nessa quinta-feira (10), depois do comunicado, o ex-governador Jarbas Vasconcelos reagiu com indignação à iniciativa do partido.

“No meu entendimento essa punição oficializada hoje pelo partido é algo esdrúxulo e completamente sem sentido. Só reforça minha avaliação de como é fraca e despreparada a direção nacional do PMDB hoje. Fui um dos fundadores do MDB, que posteriormente deu origem ao PMDB, e ao longo de toda a minha trajetória dentro do partido nunca vi algo parecido. O respeito às ideias e posicionamentos é algo fundamental, e o caminho pelo qual está seguindo hoje o PMDB nacional ignora completamente essa condição, que é primordial para todos que exercem a política e principalmente para quem está a frente de qualquer partido numa democracia”, afirmou o deputado Jarbas Vasconcelos.

Leia a nota do partido

O PMDB já nasceu como uma ampla frente democrática em defesa da liberdade, da justiça social e dos interesses maiores do povo brasileiro. Foi com esse caráter que o partido cresceu e se consolidou em todo o território nacional. Em um país com a grande diversidade política como tem o Brasil, o PMDB sempre cultivou uma cultura democrática de convivência com suas divergências internas. Essa é a principal razão da sua força.

Diante disso, não é aceitável que a direção nacional do partido negue sua identidade e sua história, e tome a decisão de patrulhar e coibir as posições dos seus parlamentares, legitimados pelo voto popular.

O deputado Jarbas Vasconcelos é uma reserva moral do PMDB e da vida pública do Brasil. Foi fundador do partido e sempre honrou suas melhores tradições. Ao votar pela autorização da investigação proposta pela Procuradoria Geral da República, o fez sem expressar qualquer pré-julgamento. Votou em sintonia com a sua consciência, com a sua história e com o sentimento da maioria da sociedade brasileira.

A Comissão Executiva do PMDB de Pernambuco repudia a decisão da Direção Nacional e manifesta irrestrita solidariedade ao deputado Jarbas Vasconcelos, seu líder maior no Estado.

Presidente: Raul Henry

1º vice-presidente: Alexandre Ferrer

2º vice-presidente: Marta Guerra

3º vice-presidente: Jayme Asfora

Secretário-geral: Bruno Lisboa

Secretário-adjunto: Murilo Cavalcanti

1º tesoureiro: André Gustavo Carneiro Leão

2º tesoureiro: Flávio Gadelha

Vogais:

Kaio Maniçoba

Ricardo Costa

Tony Gel

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