Polarização e incertezas na corrida presidencial

Por Jorge Serrão 

Surpresa? Nenhuma! A sucessão presidencial 2018 é marcada por muita polarização, radicalização e muita incerteza. A subida do candidato do PT era esperada. Da mesma forma como Fernando Haddad não ameaça o favoritismo do paciente Jair Bolsonaro – que tem a desorganização estratégica e as brigas internas de campanha como adversário mais perigoso. Deuses do Mercado rejeitam o retorno ao poder dos petralhas que quebraram o Brasil. Assim, Haddad tem mínima chance de vitória.

O irracional radicalismo ideológico segue dando o dom da campanha. Se o mercado repele o PT, a velha mídia hegemônica insiste em demonizar e sabotar Bolsonaro e seu vice, General Hamilton Mourão. Nem em cama de hospital, recuperando-se da covarde facada de 6 de setembro, Bolsonaro tem moleza. E Mourão apanha por qualquer coisa que fale. Qualquer racionalidade democrática passa longe desta eleição. É um indicador claro de que o próximo governo, seja quem for o vencedor, terá de enfrentar uma guerra ideológica insana.

Diante do previsível cenário de conflito inútil, vale reproduzir um comentário enviado pelo leitor Drausio Moraes de Oliveira Pinho: “Permito-me um pitaco em seu editorial questionando a afirmação de que a centro-esquerda, que vem governando o país, segundo afirma, mostrou-se incompetente para este gigantesco desafio. A centro-esquerda não existe no Brasil e no mundo: existe, sim, uma muito grande, bem pensada e bem estruturada esquerda. Tão bem estruturada que finge existir dentro de si um enorme leque de tendências, mesmo contraditórias, incluindo até uma facção mais amena e comportada: a chamada centro-esquerda abrigada sob outro subterfúgio semântico representado pela mentirosa social-democracia proposta, originalmente, para promover a aproximação Leste-Oeste nos tempos da Ostpolitik germânica de Willi Brandt”.

Drausio Pinho prossegue: “A social-democracia foi, à partir de então, maquiavelicamente utilizada para “vender” a idéia de um socialismo de traços humanos e não genocidas e chega, aos dias de hoje, travestida de lobo em pele de cordeiro como bem o demonstra o cínico brasão da londrina Fabian Society. Foram, então, os social-democratas brasileiros (FHC, sua figura magna e seu apogeu, representando o papel transitório de Kerensky brasileiro), os construtores das poderosas fundações que alicerçaram os governos destrutivos e alinhados com a chamada “nova ordem mundial” – de Soros et caterva sceleris – que abriram as portas para as radicalíssimas facções da “centro-esquerda” aqui atuante que redundou no poder conferido a traidores da Pátria fantasiados como “lulinha paz e amor”, como “dilma gerentona” e seu séquito de maléficos parceiros. Todo o cuidado com eles é extremamente pouco”.

Resumindo o pensamento do Drausio: Essa esquerda falsária e retrógrada não quer mudanças no Brasil. Quer apenas mais Estado para aparelhar, enquanto encena o discurso falsificado do socialismo/comunismo que ainda consegue seduzir uma grande parcela de um eleitorado idiotizado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *