Por pesquisa sobre zika, Celina Turchi recebe título de comendadora da Ordem Nacional do Mérito Científico

Pesquisadora Celina Turchi coordena equipe que comprovou a associação entre microcefalia e a infecção congênita provocada pelo vírus zika (Foto: Diego Nigro/JC Imagem)
Pesquisadora Celina Turchi coordena equipe que comprovou a associação entre microcefalia e a infecção congênita provocada pelo vírus zika (Foto: Diego Nigro/JC Imagem)
Por Cinthya Leite 

O trabalho da pesquisadora da Fiocruz Pernambuco Celina Turchi, frente aos estudos que relacionam a zika com a microcefalia, será mais uma vez reconhecido esta semana em dois eventos. Nesta quarta-feira (17), ela passa a compor a Ordem Nacional do Mérito Científico, na classe Comendador (Ciências da Saúde), em cerimônia que será realizada às 15h, no Palácio do Planalto, em Brasília. Na quinta-feira (18/10), às 20h, ela receberá o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Católica de Goiás, instituição onde seu pai foi professor.

A ordem honorifica é concedida pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) a personalidades brasileiras e estrangeiras como forma de reconhecimento das suas contribuições científicas e técnicas para o desenvolvimento da ciência no País. Celina será o segundo pesquisador da Fiocruz Pernambuco a receber essa honraria. O primeiro foi o pesquisador e entomologista André Furtado, em 2008.

Além de Celina, mais três pesquisadores da Fiocruz serão homenageados nesta quarta-feira, sendo promovidos de comendador para Grã-Cruz, na categoria Ciências Biomédicas: Antoniana Krettli, do Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz Minas); Manoel Barral Netto, vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) da Fiocruz e Samuel Goldenberg, do Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz Paraná).

Perfil

Celina Turchi é graduada em medicina pela Universidade Federal de Goiás (UFG), tem mestrado em Epidemiologia pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres e doutorado em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP). Em 2016, entrou na lista das dez mais importantes cientistas daquele ano pela revista Nature, uma das mais renomadas publicações científicas do mundo.

No ano seguinte, a revista norte-americana Time a elegeu como uma das 100 pessoas mais influentes de 2017 na categoria Pioneiros. Nesse mesmo ano recebeu a Medalha do Mérito Heroínas do Tejucupapo (2017), concedida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – secção Pernambuco e conquistou o prêmio Faz Diferença, do jornal O Globo, junto com a médica e pesquisadora Adriana Melo, do Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto (Ipesq).

Neste ano de 2018, Celina recebeu a Medalha Mietta Santiago, concedida pela Secretaria da Mulher e pelo Presidente da Câmara dos Deputados. O Grupo de Pesquisa da Epidemia da Microcefalia (Merg), da qual faz parte, ganhou o 17º prêmio da Fundação Péter Murányi, de São Paulo, que reconhece o esforço de pesquisadores brasileiros no desenvolvimento de projetos que melhorem a qualidade de vida da população.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *