Por receio de perseguições políticas, Interpol não inclui bolsonaristas em lista de procurados

A Interpol, em Lyon (França), não atendeu até agora aos pedidos das autoridades brasileiras para incluir bolsonaristas investigados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na sua lista de procurados

(Foto: Reprodução/Twitter)

Por medo de de perseguições políticas, a Interpol ainda não atendeu os pedidos para a inclusão de bolsonaristas em lista de procurados

A entidade, que reúne representantes de polícias de cerca de 200 países, deixou de fora o caminhoneiro Marcos Gomes, o Zé Trovão, e ainda segura o pedido do STF para colocar o blogueiro bolsonaristas Allan dos Santos na difusão vermelha. Allan tem prisão preventiva decretada pelo Supremo.

Em geral, a inclusão ocorre de maneira célere, o que não ocorreu dessa vez, de forma inédita, informa reportagem da Folha de S.Paulo.

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Allan dos Santos teve a prisão e extradição decretada em 5 de outubro no inquérito que apura a existência de uma milícia digital para atacar a democracia e as instituições.

Desde então o Brasil acionou os Estados Unidos, onde Allan dos Santos mora, por meio do DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional), e enviou o pedido à Interpol para inclusão na difusão vermelha.

Como a Polícia Federal representa o Brasil na Interpol, é por meio dela que os pedidos com base em decisões judiciais chegam à Interpol. No caso de Allan dos Santos, a decisão de Moraes foi enviada há mais de três semanas.

Segundo a normativa do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), a difusão vermelha deve ser acessada em casos de “ordem de prisão por decisão judicial criminal definitiva, de sentença de pronúncia ou de qualquer caso de prisão preventiva em processo crime”.

Segundo especialistas, após receber os pedidos embasados nas decisões do STF, a Interpol deveria incluir os nomes automaticamente, mas isto não foi feito.

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