Por unanimidade, Conselho de Ética da Câmara rejeita ação do PSL contra deputados do PT

O partido de Bolsonaro entrou com uma ação contra três deputados petistas por terem, em julho deste ano, impetrado um habeas corpus em favor do ex-presidente Lula; por 11 votos a 0, conselho arquivou a representação. “Ridícula e irrelevante”, disse deputado do PSD sobre a ação

Foto: Ricardo Stuckert

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados rejeitou por unanimidade, nesta terça-feira (4), uma ação movida pelo PSL, partido de Jair Bolsonaro, contra três deputados petistas. A legenda do presidente eleito pedia a punição do líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), e dos deputados Paulo Teixeira (SP) e Wadih Damous (RJ) por terem, em julho deste ano, impetrado na Justiça um pedido de habeas corpus em favor de Lula.

Para o PSL, os parlamentares petistas agiram de “má fé” ao pedir a liberdade de Lula, preso desde abril, durante um plantão judiciário – sendo que qualquer cidadão pode entrar com pedido de habeas corpus em benefício de outra pessoa. “O partido demonstrou não só total ignorância da Constituição, mas também total desprezo ao Estado Democrático de Direito”, disse o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).

Foram 11 votos a 0 contra a ação. O deputado Sandro Alex (PSD-PR), que compõe o conselho, classificou a ação como “ridícula e irrelevante”. “Nós perdemos tempo com um processo como este e deixamos de apreciar matérias importantes e de interesse do povo brasileiro”, pontuou.

O habeas corpus impetrado pelos deputados petistas em julho chegou a ser concedido mas, após inúmeras manobras jurídicas, que partiram inclusive do ex-juiz e futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, Lula seguiu preso.

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