Posse: Brasil convidou Maduro e depois desconvidou

Presidente eleito mudou de ideia depois de aprovar convite a todos os países com os quais Brasil tem relações diplomáticas, segundo fonte do Itamaraty

O Globo

Após o presidente eleito Jair Bolsonaro afirmar na tarde deste domingo que não convidou para sua cerimônia de posse o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fontes do Itamaraty afirmaram que documentos oficiais fazendo o convite chegaram a ser enviados para a governo venezuelano.

Segundo fonte do Itamaraty, a orientação inicial da equipe de Bolsonaro foi convidar os chefes de Estado e governo de todos os países com os quais o Brasil tem relações diplomáticas, o que foi feito. Só depois o Ministério das Relações Exteriores recebeu orientação de excluir Cuba e Venezuela da lista, o que o obrigou a fazer uma segunda comunicação aos dois governos, fazendo o

Pelo Twitter, o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, contestou a afirmação de Bolsonaro pouco depois da declaração do presidente eleito neste domingo. Na ocasião, Bolsonaro disse que convites não foram feitos nem para o governo da Venezuela, nem para o de Cuba.

— Ele (Maduro) não recebeu (convite) e nem vai receber. Nem ele, nem o ditador que substituiu Raúl Castro — afirmou Bolsonaro, em referência a Miguel Díaz-Canel, presidente de Cuba.

Em sua postagem na rede social, no entanto, Arreaza não só afirmou que Maduro e autoridades venezuelanas foram convidados, como anexou imagens de documentos formalizando o convite: “Aqui é possível ler as duas notas diplomáticas oficiais enviadas pelas autoridades brasileiras convidando o governo venezuelano e o presidente Nicolás Maduro a assistir a posse de Jair Bolsonaro”, disse ele, anexando imagens de dois textos, um deles datado de 29 de novembro.

Arreaza ainda completou anexando uma resposta do governo da Venezuela datada de 12 de dezembro, segundo a qual as autoridades do país se negam a comparecer: “O presidente Nicolás Maduro jamais considerou assistir a posse de um governo como o de Jair Bolsonaro. Esta é a firme resposta oficial que enviamos a Ernesto Araújo (futuro chanceler brasileiro) através do Itamaraty no último dia 12 de dezembro”, disse o chanceler em outro tuíte.

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