Prefeito de Coronel João Sá: ‘O governo federal não dá móveis. Onde vamos guardar o alimento?’

Mais de 14 mil pessoas foram atingidas pelo rompimento da barragem Riacho Lagoa Grande; veja como ajudar

Milena Teixeira
Foto: Divulgação
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Quatro dias após o rompimento da barragem do Riacho Lagoa Grande, o prefeito Carlos Sobral, da cidade de Coronel João Sá, município mais atingido pela falha da construção, se pergunta como os moradores do local farão para garantir a manutenção de alimentos e roupas.

De acordo com Sobral, o governo federal oferece apenas o auxílio aluguel, benefício que é concedido às famílias que perderam as casas ou possuem imóveis em situação de risco.

“As pessoas vão morar nas casas alugadas. Nossa questão é saber onde elas vão guardar os alimentos que foram doados. O governo não dá móveis. Temos alimentos, mas não temos móveis, colchões ou armários. O pessoal vai botar essa comida onde?,” questiona o prefeito.

Mais de 14 mil pessoas foram atingidas pelo rompimento da barragem em Coronel João Sá.

Conforme Carlinhos, como é conhecido o prefeito, 320 pessoas estão desabrigadas e outras 2080 estão desalojadas. “Tem um pessoal nos prédios públicos e outras pessoas estão na casa dos parentes. O rio já está mais baixo agora, mas ainda temos medo. A cidade está um caos, porque mais de 300 casas serão derrubadas. Isso nunca aconteceu aqui”, afirma Sobral.

Além das residências, estradas, pontes, escolas e hospitais também foram afetados pela falha na construção.

Veja como ajudar as famílias

As famílias recebem doações desde a última sexta-feira (12).

O Centro de Referência em Assistência Social (Cras), localizado na prefeitura da cidade, recebe os materiais. O dinheiro, no entanto, pode ser doado na  agência 3913-6, conta 1600-8, no Banco do Brasil.

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