Prefeito de Petrolina promoveu pancadaria contra movimento estudantil

A Guarda Municipal usou de violência contra os manifestantes

Da Redação

A noite de ontem (29) no centro de Petrolina, mais precisamente na porta da Prefeitura Municipal, lembrou os tempos da ditadura militar brasileira. A situação chegou ao extremo. Os manifestantes do grupo ‘O Vale acordou’, acampados há 15 dias em frente à sede do poder executivo municipal, foram retirados do local a força pela Guarda Municipal.

O cenário de horror, de ontem, contou com agressões a menor e mulheres, em que os guardas teriam usado cassetetes, spray de pimenta e máquinas de choque elétrico. Segundo os manifestantes eles destruíram as barracas, levando todo o material que estava dentro das mesmas, desde documento pessoais a aparelhos eletrônicos.

 

Cenas do confronto

A sociedade assiste, em choque, uma verdadeira guerra entre o poder executivo municipal e a juventude da cidade, que cobra do gestor a melhoria dos serviços públicos, sobretudo, do transporte.

Nos vídeos e fotos publicados em redes sociais, registros dos manifestantes, o que se vê são jovens machucados, passando mal pelo efeito do spray de pimenta e indignados com a perda de seus pertences e, principalmente, pela omissão da Polícia Militar.

Boletim de ocorrência

Hoje cedo um integrante do movimento, através do Facebook, disse que ao chegar em casa constatou que sua residência havia sido arrombada e revirada.

Outro jovem, Alexandre Araújo, faz um pedido de socorro: “A situação está extremamente crítica, aqui na cidade, a policia removeu manifestantes a porrada, choque, spray de pimenta, levaram todos os pertences pessoais de todos que ali manifestavam pacificamente a 300 horas sem parar, e ainda sabemos que estão arrombando as casas dos manifestantes”.

De acordo com os guardas municipais, eles estariam ali, apenas para cumprir ordens para retirada de faixas, cartazes e barracas que atrapalhavam à entrada da sede da prefeitura, mas foram obrigados a agir com a força já que houve represália por parte dos manifestantes. Depois do ocorrido, alguns guardas municipais registraram Boletim de Ocorrência em que dizem que foram ameaçados e agredidos pelos manifestantes.

Agora pela manhã o grupo mais uma vez ocupou o prédio da prefeitura.

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