Prefeito de Recife diz estar longe de atingir a LRF

Quando anunciou o projeto que extinguia mais de 600 cargos em 2012, o prefeito do Recife Geraldo Julio (PSB) disse que cumpria uma promessa de campanha, de “enxugar” a máquina. No argumento para aumentar os gastos com cargos de confiança, defende a alteração que visa “melhorar a qualidade dos serviços prestados à população”.

Na justificativa do projeto, é colocado que o município está com “folga” nos gastos com pessoal, estando longe de atingir o limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

“A reestruturação não traz aumento em relação aos anos de 2012 em que a despesa com cargos comissionados representou 2,85% da despesa total de pessoal, e 2013, no qual esse percentual ficou em 2,76%. Para 2014, tendo por base o crescimento da despesa com pessoal nos últimos três anos, ou seja, um incremento aproximado de 12% ao ano, mesmo considerando a alteração prevista no PL, esse percentual seria ainda de 2,72%”, diz a Secretaria de Assuntos Jurídicos, em nota.

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Ainda segundo a nota da secretaria, os 160 cargos comissionados extintos não estavam sendo utilizados.

A vereadora Priscila Krause, porém, vem batendo na tecla de que o governo tem recorrido a “maquiagem”, pois de 2012 para 2013 houve um aumento nos gastos com comissionados. Baseado nos dados disponíveis no Portal da Transparência, a oposicionista sustenta que em 2013 a máquina municipal gastou R$ 64,94 milhões com “gratificação de cargos comissionados e funções gratificadas”.

O montante é 18% acima do registrado em 2012, quando foram gastos R$ 55,22 milhões para o mesmo tipo de despesa. (JC Online)

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