Por meio de nota oficial, a Prefeitura de Araripina informou nesta quarta-feira (20) ter instaurado inquérito administrativo para apurar a conduta do engenheiro Luciano Gil Mendes Coelho, um dos brasileiros “misógenos” que divulgaram vídeo nas redes sociais com postura machista e preconceituosa contra uma jovem russa, que não entendia uma palavra de português, na Russia, onde está ocorrendo a Copa do Mundo.
O único pernambucano do grupo já foi identificado, Diego Jatobá, advogado, vai responder a processo no Conselho de Ética da OAB-PE.
Veja a nota da Prefeitura de Araripina:
I- Tendo em vista o noticiário em torno do lamentável caso de misoginia que envolve quatro brasileiros na Rússia, sendo um deles de nome Luciano Gil Mendes Coelho, a Prefeitura de Araripina informa que o servidor, aprovado em concurso público no ano de 2010, atualmente responde a Inquérito Administrativo pelo motivo de não comparecimento para exercer as funções de engenheiro civil como servidor público efetivo lotado na Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura.
II- O inquérito está em fase final de conclusão e pede a exoneração do servidor dos quadros do funcionalismo público municipal. A prefeitura também informa que o servidor Luciano Gil Mendes Coelho, no ano de 2015, durante a gestão do então prefeito Alexandre Arraes (PSB), esteve envolvido em investigações da Polícia Federal na operação denominada “Paradise” que apurou o desvio de recursos públicos em obras de escolas nucleadas e quadras poliesportivas oriundas do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), do Ministério da Educação.
III- Em maio de 2015, a Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU) deflagraram a “Operação Paradise” que apontou o desvio de recursos através de fraudes em sistemas do FNDE. O servidor Luciano Gil Mendes Coelho e outros servidores comissionados do ex-prefeito Alexandre Arraes, à época, foram conduzidos coercitivamente até a Superintendência da Polícia Federal no município de Salgueiro (PE) para prestar depoimento.
IV- As investigações foram concluídas pela PF e o inquérito encontra-se no Ministério Público Federal. Por fim, a Prefeitura de Araripina repudia o ato cometido pelo servidor e externa sua indignação com este fato lamentável de misoginia e machismo.