Prefeitura de Juazeiro usa da força para arrancar acesso de deficiente à residência

Da Redação

A moradora da Rua Napoleão Laureano, bairro Santo Antonio, em Juazeiro, Sueydy Marta V.B. de Sousa, foi vitima dos fiscais de posturas da Prefeitura Municipal quando destruíram uma escada de acesso para pessoas deficientes causando enormes transtornos em sua residência.

Mesmo com o IPTU em dia e sabendo das condições físicas da moradora, os agentes municipais usaram de alavancas e picaretas para destruir a única via de acesso da pessoa que se locomove com dificuldades.  “Agora eu não posso descer porque o batente do piso da casa ficou alto. Clamei a eles que não fizesse aquilo, a situação ficou tão tensa que minha pressão subiu para quase 16, a minha filha chorou nervosa, pois eles já chegaram quebrando. Quer dizer, se eu abro a porta e desço ia me arrebentar, minha filha está fazendo um treinamento de jovem aprendiz e para ela sair eu tive que segurá-la para descer”, lamentou Sueydy Marta.

Mesmo com a travessa da rua havendo pouco movimentada, a Prefeitura sabendo da  gravidade do estado de saúde da proprietária da residência, debochou do caso. “Eu disse a eles [fiscais] que Juazeiro tinha muitas calçadas com o mesmo problema, ou pior, mas eles responderam com toda arrogância que iriam derrubar todos nem que fosse na força. Diante desta situação, estou sendo obrigada a acionar a justiça para que autorize construir uma rampa em minha calçada, pois hoje estou com muita dificuldade para entrar e sair”, lamentou.

Hoje, Sueydy sofre com problemas de edema no osso, água no joelho e artrose, problemas esses, que vem se agravando a cada dia.”Tenho que deixar 30 cm de calçada, mas como vou fazer isso se a calçada tem 0.70 cm e a altura para entrar na minha casa é essa? Alguém tem que me dá uma solução”.

“A grosseria dos fiscais foi tanta que quando chegaram aqui no último dia 12 deste mês, chutaram o portão, quebraram o pé da porta deixando o portão sem segurança, e ainda deixaram todo o entulho espalhado na porta (…) Eles deram o prazo de cinco dias para que fosse construída uma rampa, mas nas seguintes condições: que fosse demolido parte da casa, e neste prazo seria impossível”.

“Até onde eu sei o erro é da prefeitura, pois as calçadas por lei tem que ter 1.50 m e a daqui tem 0.60 m

 

“Esta notificação me deram para que a arquiteta Dra Neide conversasse com o jurídico da Semaub, voltei no dia 09 de julho, chegando no horário marcado, terminei sendo humilhada porque não fui atendida”, informou Sueydy

Com o passar dos dias, os tomentos dentro de casa se acumularam. Até a sua filha terminou levando uma queda devido a monstruosa ação realizada pelos agente municipais. “Minha filha ao tentar entrar terminou caindo e se machucando”.

 

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