Projeto de escola em Petrolina visa o combate à prática do bullying

Agredir, discriminar, humilhar, colocar apelidos de mau gosto no colega. O bullying se apresenta de várias formas, quase sempre intimidador, repetitivo e intencional. No Colégio Plenus, próximo à orla de Petrolina (PE), este é um dos temas bastante discutidos. Nesta quinta-feira (17), a escola promoveu palestras, grupo de debates e uma conversa individual com alunos dos 6º anos do Ensino Fundamental. Orientações sobre identificação de vítimas, espectadores e agressores, motivações e assistência psicológica sensibilizaram cerca de 130 crianças.

“As atividades são realizadas com os sextos anos porque as pesquisas apontam que o índice de bullying se incide de maneira muito forte nesse período. É um momento em que a criança se torna adolescente e muitos conflitos começam a existir”, explica o especialista, coordenador do setor de Psicologia do Plenus, Bruno Ramos.

O psicólogo aponta em seis passos de que forma escolas, famílias e educadores podem agir eficientemente para lidar com esse problema. 1) Identificar a existência e personagens do bullying; 2) trabalhar o preconceito dos alunos; 3) fortalecer a ideia de diálogo entre adultos e adolescentes; 4) engajar os professores; 5) envolver os pais na vida escolar; 6) reconhecer o cyberbullying.

“Aplicamos também um teste com a Escala de Avaliação do Bullying Escolar (EAB) e, a partir disso, se identificarmos algum nível de agressividade, realizamos um trabalho com acompanhamento, participação dos pais e envolvidos, e o que percebemos é que o problema tende a desaparecer”, diz Ramos.

Durante as atividades, a palestra orientou sobre as formas e protagonistas do bullying, efeitos, mitos e verdades. Em seguida, os estudantes foram divididos em três grupos, com o objetivo de reconhecer os papeis de ‘agressores’, ‘vítimas’ e ‘espectadores’. Eles escreveram em cartazes as manifestações e consequências do bullying.

O estudante Guilherme Anthones Brito, de 11 anos, diz ter aprendido que uma das ações de combate é se abrir para os pais e professores. “Não devemos fortalecer o bullying, mas sim impedi-lo. Quando isso acontecer, devemos ajudar o colega, até porque ele poderá nos ajudar também”, conta o rapaz.

A colega Jamilly Almeida Carvalho, 11 anos, afirmou que vai fazer marcação cerrada contra o bullying. “Todo mundo é igual, tem as suas diferenças, mas devemos respeitar essas diferenças”, ressalta ela.

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