Protagonista da crise na Lava Jato, subprocuradora Lindôra Araújo retira candidatura ao Conselho Superior da PGR

Lindora Maria Araújo

Protagonista da crise com os integrantes da força-tarefa da Lava Jato, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo retirou sua candidatura ao Conselho Superior da Procuradoria-Geral da República (PGR), que delibera sobre a gestão do Ministério Público Federal (MPF).

“Colegas, em razão de inúmeras atividades que venho exercendo, resolvi retirar minha candidatura ao CSMPF pelo colégio de subprocuradores”, escreveu Lindora em mensagem enviada na rede interna neste domingo.

Lindora coordena o grupo da Lava Jato da PGR e é de confiança do procurador-geral Augusto Aras, que apoiava sua candidatura.

A força-tarefa da Lava Jato enviou um ofício à Corregedoria do MPF acusando a subprocuradora de querer ter acesso a dados sigilosos da operação e de inspecionar os trabalhos da equipe sem aval da Corregedoria. Após isso, procuradores do grupo de trabalho da Lava Jato pediram demissão coletiva.

Neste domingo, 28, Augusto Aras afirmou que a Lava Jato não é uma operação autônoma do MPF. “A Lava Jato, com êxitos obtidos e reconhecidos pela sociedade, não é um órgão autônomo e distinto do Ministério Público Federal (MPF), mas sim uma frente de investigação que deve obedecer a todos os princípios e normas internos da instituição. Para ser órgão legalmente atuante, seria preciso integrar a estrutura e organização institucional estabelecidas na Lei Complementar 75 de 1993”, disse.

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