PSB marca para dia 27 nova reunião que pode expulsar Fernando Filho

Foto: Guga Matos/JC Imagem
Foto: Guga Matos/JC Imagem

Após a decisão liminar da 21ª Vara Cível de Brasília suspendendo a expulsão o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, do PSB, o partido marcou uma nova data para o encontro do diretório nacional. A votação agora será no dia 27, uma sexta-feira, às 9h, no salão vermelho do Hotel Nacional da capital federal.

Além de Fernando Filho, três deputados também são alvos de processos que serão analisados na reunião: Danilo Forte (CE), Fábio Garcia (MT) e Tereza Cristina (MS), atual líder do partido apesar das divergências com o grupo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. Cada um terá 15 minutos para se defender.

Os processos foram abertos em abril, depois que eles votaram a favor da reforma trabalhista, ao contrário da posição da sigla, que fechou questão contra o projeto do governo Michel Temer (PMDB).

À Justiça, os parlamentares alegaram para conseguir a liminar suspendendo a reunião o descumprimento do prazo mínimo para o Diretório Nacional socialista convocar a reunião, que seria de oito dias, pelo regimento interno da legenda. O encontro foi anunciado no dia 11 para ocorrer nessa segunda-feira (16) e a decisão judicial foi publicada horas antes. Agora, porém, o partido afirma que o prazo não pode ser contestado.

Na ação, os quatro socialistas também pediram a suspensão do processo disciplinar interno na legenda, mas a Justiça entendeu não ser possível avaliar a questão, já que o relatório da Comissão de Ética não está disponível.

Os deputados já negociam a saída do PSB, mas aguardam a janela partidária, em março, para não perder os mandatos. Fernando Filho, por exemplo, deve seguir os passos do pai, o senador Fernando Bezerra Coelho, que foi para o PMDB.

Ao todo, calcula-se que haja 13 divergentes que negociam a saída do PSB e aguardam a janela partidária, em março, para não perder os mandatos no Legislativo. Hoje, a bancada socialista tem 36 deputados.

O clã dos Coelho foi cortejado por dois meses pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para que escolhessem o Democratas, mas foi atraído pelo líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), com a promessa de que receberiam o comando do partido em Pernambuco, o que ainda não aconteceu por causa de uma briga com o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), tradicionalmente líder dos peemedebistas locais, e com o atual presidente estadual da sigla, Raul Henry. A disputa foi parar nas Justiças pernambucana e do Distrito Federal, que concederam liminares a favor de Jarbas e Raul.

Pai e filho estão na oposição e articulam o nome do ministro na disputa ao Governo de Pernambuco contra Paulo Câmara (PSB). Como hoje o PMDB é o principal aliado dos socialistas, a troca de palanque é um dos motivos da briga.

Paulo é vice-presidente nacional do PSB. Para o governador, os socialistas alinhados a Temer devem procurar um novo rumo.

Da mesma forma que o ministro e o senador, Tereza Cristina, Danilo Forte e Fábio Garcia foram procurados por PMDB e Democratas, criando uma disputa entre os dois partidos e deixando Maia irritado com Temer em meio à tramitação das denúncias contra o presidente na Câmara. (JC)

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