PSL/DEM, um casamento de 900 milhões de reais

Senadores da CPI têm R$3,7 milhões em reembolso de despesas

Senadores conversam durante reunião da CPI da Pandemia. Foto: Pedro França/Agência Senado

Os 18 senadores integrantes da CPI da Pandemia, incluindo 7 suplentes, que durante as sessões da comissão criticam o uso abusivo de dinheiro público, já gastaram R$3,72 milhões com a chamada “cota parlamentar”, só este ano. O “cotão” permite que os parlamentares obtenham o ressarcimento de quaisquer despesas. O valor inclui apenas os reembolsos de gastos alegadamente ligados à atividade parlamentar.

 

Dois senadores respondem por quase 20% dos reembolsos: Omar Aziz (PSD-AM) com R$ 352 mil e Rogério Carvalho (PT-SE) com R$ 321 mil.

Batalhão privado

Rogério Carvalho tem 68 assessores, contrastando com Reguffe (Pode-DF), campeão de austeridade, que tem 9, e não pediu “ressarcimento”.

Menos ainda é muito

Eduardo Girão (Pode-CE) é ponto fora da curva: gastou R$3,5 mil. Bem menos que o 2º colocado, Flávio Bolsonaro (Patri-RJ), com R$60 mil.

Exército de assessores

Os membros da CPI dispõem de um “exército” de 669 assessores, mas todos os senadores têm gabinetes em Brasília e nos Estados.

ICMS com bandeira da “escassez hídrica”vai encher cofres estaduais. Foto: Jeso Carneiro/Flickr

PSL/DEM, um casamento de 900 milhões de reais

 

Se prevalecer o valor do Fundo Eleitoral pornográfico de R$5,7 bilhões para 2022, definido na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), PSL e DEM terão quase R$900 milhões extraídos dos bolsos dos pagadores de impostos para financiar suas campanhas, após a fusão. O presidente Jair Bolsonaro vetou esse dispositivo da LDO, derrubando-o para R$2,4 bilhões, mas o Congresso se prepara para retomar o valor original.

Só pensam naquilo

O “casamento de interesses” de PSL e DEM inclui os valores do Fundo Partidário, dinheiro tomado dos cidadãos para sustentar as siglas.

Jantares, jatinhos…

Só em 2021 o PSL embolsará do Fundo Partidário R$104 milhões, R$8,7 milhões ao mês, e o DEM R$43 milhões, no mensalão de R$3,5 milhões.

Novo manda bem

O Partido Novo é o único que tem a dignidade de recusar Fundo Eleitoral ou Partidário. Suas contas são bancadas pelos próprios filiados.

Poder sem Pudor

Aliança árabe-judaica

O então presidente nacional da OAB, Cezar Britto, e o então dirigente da OAB-Rio, Wadih Damous, deixavam o Supremo Tribunal Federal, onde se queixaram de “abusos” da Polícia Federal contra o direito de defesa de presos pela Operação Hurricane. À saída, aguardaram o secretário-geral adjunto da OAB, Alberto Toron, que ficara para trás. Wadih brincou com Toron: “Agradeça-me por não ficar a pé: eu pedi para esperar você.” Toron respondeu na bucha: “É a primeira vez que um árabe ajuda um judeu. Eu jamais esquecerei esse gesto…”

Cadê a manchete?

Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a inflação no Brasil vai “cair continuamente” até atingir o centro da meta até o final de 2022. E a dívida pública também deve cair sete pontos percentuais no período.

União instável

As articulações para união de MDB, PSB e PSD, em São Paulo, para enfrentar o PSDB do governador João Doria mais parecem casamento de jacaré com cobra d’água. E com picolé de chuchu de sobremesa.

Cuidado com a CPI

A ex-governadora do Rio Grande do Sul Yeda Crusius anunciou que não poderia comparecer a ato político por ter testado positivo para covid. O que chamou atenção foi afirmação de estar “medicada”. Qual remédio?

Maioria esmagadora

O deputado Marco Feliciano critica estratégia dos sem voto no Congresso impor sua vontade. “Como não possuem maioria na Câmara e nem no Senado, apelam para STF, e lá possuem maioria esmagadora”.

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