PSOL divulga nota de repúdio sobre ameaças de Eduardo Bolsonaro ao STF

As declarações de Eduardo Bolsonaro representam uma afronta às instituições democráticas e ao Supremo Tribunal Federal

A direção nacional do PSOL divulgou uma nota de repúdio às declarações do deputado Eduardo Bolsonaro, que atacou o Supremo Tribunal Federal (STF). Acompanhe a íntegra da nota:

Nota de repúdio

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) repudia veementemente as declarações do deputado Eduardo Bolsonaro que vieram a público neste domingo. Segundo vídeo amplamente divulgado na imprensa e redes sociais o deputado e filho do candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, afirmou que “Se o STF arguir qualquer coisa, sei lá, que ele recebeu uma doação ilegal de 100 reais do José da Silva, e impugna a candidatura dele… eu não acho isso improvável, mas aí vai ter que pagar para ver. Será que eles vão ter essa força mesmo?” Na sequência ele afirma que “para fechar o STF você não manda nem um jipe, manda um soldado e um cabo. Se você prender um ministro do STF, você acha que vai ter uma manifestação popular?”.

As declarações de Eduardo Bolsonaro representam uma afronta às instituições democráticas e ao Supremo Tribunal Federal. O PSOL tem muitas críticas à atuação das cortes superiores, especialmente diante dos recentes ataques aos direitos sociais, como a Reforma Trabalhista ou a Emenda Constitucional 95, ambas consideradas legais pelo STF. Mas em nenhum momento essas críticas se confundiram com o questionamento às competências constitucionais desses tribunais. Por isso, repudiamos veementemente a manifestação do deputado e sua disposição de coagir o STF.

Diante de uma eleição marcada pela manipulação dos eleitores através de notícias falsas, do aumento da violência política e da coerção a opositores de Bolsonaro, é hora do Judiciário enfrentar a ameaça neofascista representada pelo candidato do PSL. Tomaremos as medidas possíveis para que essa ameaça não passe impunemente, como tem ocorrido há vários anos com o deputado Jair Bolsonaro. É hora de dar um basta e salvar a democracia brasileira.

Ele não!

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